Próximos governos não aguentam sem reforma, diz Temer
Presidente voltou a defender mudanças na Previdência em programa de rádio, nesta sexta-feira (2)
© Alan Santos/PR/Imagem de arquivo
Economia Avaliação
Dentro da ofensiva a favor da reforma da Previdência, que já contou com participações do presidente da República em programas de TV comandados por apresentadores populares, a exemplo de Silvio Santos e Ratinho, Michel Temer segue falando sobre o assunto, agora em rádios do Nordeste.
Depois de falar, na última quarta-feira (31), à rádio Metrópoles, de Salvador (BA), ele concedeu entrevista ao comunicador Geraldo Freire, da Rádio Jornal de Recife (PE). Na ocasião, voltou a defender mudanças no texto.
"Nós estamos pensando no aposentado, no servidor, para não acontecer o que está acontecendo em muitos estados brasileiros. Não há pagamento de aposentados, a servidores, há atrasos. Ou o que aconteceu em vários países, que tiveram que cortar pensões, vencimentos dos servidores", argumentou o presidente.
+ Regra para banco dar crédito a Estados e municípios mudará
Segundo ele, a reforma é algo necessário para o futuro da economia e para o bem do orçamento. "Não é para o meu governo. Eu aguento a Previdência [sem reforma]. Houve um déficit de R$ 268 bilhões em 2017. A tendência é aumentar neste ano. Mas o meu governo aguenta. O que não vai aguentar são os próximos", destacou.
O Planalto precisa de 308 entre os 513 deputados para aprovar o novo texto. A votação na Câmara está marcada para começar no dia 19 de fevereiro.