Trabalho intermitente tem baixa adesão; comércio paulista lidera
Modalidade foi permitida com a reforma trabalhista, que entrou em vigor em novembro de 2017
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Economia Reforma Trabalhista
Três meses depois da reforma trabalhista entrar em vigor, ofertas de vagas de trabalho na polêmica modalidade intermitente ou esporádica – em que se ganha por hora trabalhada e não há garantia de jornada ou remuneração mínima mensal – ainda são raras. A maior parte das empresas que aderiu é do setor de comércio e fica no estado de São Paulo.
A contratação de trabalhadores com carteira assinada na modalidade foi permitida com a reforma trabalhista, que entrou em vigor em novembro de 2017.
Segundo o Ministério do Trabalho, em novembro, 778 estabelecimentos de 87 empresas abriram vagas deste tipo no país. Em dezembro, foram 933 estabelecimentos, envolvendo um total de 382 empresas. O levantamento foi feito pelo G1 por meio da análise de dados oficiais.
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Ainda de acordo com as informações, foram criadas 5.641 vagas de trabalho nos primeiros 50 dias de vigência da reforma trabalhista, sendo que 4.175 delas – ou 74% – foram no comércio, e 1.561 (28%) no estado de São Paulo, que é líder de adesão no país.
O trabalhador intermitente é basicamente jovem, sem curso superior e ocupante de vagas que exigem pouca qualificação.
Empresas de recrutamento e varejistas consultadas pelo site revelaram que é mais difícil preencher vagas desse tipo. Além disto, os empresários ainda têm dúvidas em relação às novas regras e insegurança jurídica, pois não se sabe qual será a interpretação de juízes e procuradores do Trabalho a respeito desse tipo de vínculo empregatício.
O trabalho intermitente ocorre esporadicamente, em dias alternados ou por algumas horas, e é remunerado por período trabalhado.