J&F processa dois escritórios de advocacia por causa de ex-procurador
Grupo pede indenização dos advogados pelos prejuízos causados a empresa durante o processo de leniência nos EUA e no Brasil
© Adriano Machado/Reuters
Economia Leniência
O grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, entrou na Justiça do distrito de Columbia, nos Estados Unidos, contra os escritórios de advocacia Trench, Rossi e Watanabe Advogados e Baker & McKenzie LLP. Os escritórios representaram o holding durante o processo de leniência nos Estados Unidos e no Brasil, segundo informações do G1.
Alegando "negligência", o grupo pode pede indenização dos advogados pelos prejuízos causados à empresa. O principal motivo da ação seria a inclusão do ex-procurador Marcello Miller na defesa da companhia.
"A J&F entra com essa ação para responsabilizar os réus por suas más práticas", diz o documento. A decisões dos escritórios teriam exposto os diretores da empresa a risco de "processo criminal e até a possibilidade de prisão", segundo a petição.
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"Em nenhum momento os advogados responsáveis da Trench Rossi ou Baker aconselharam a J&F que a participação do sr. Miller na equipe jurídica da empresa, enquanto ele ainda estava trabalhando como um procurador, era problemática", alega a J&F, no processo.
Procurado, o escritório Trench, Rossi e Watanabe informou que "não comenta assuntos de clientes ou processos em andamento". O escritório afirma também que, "desde o primeiro momento, colaborou com as autoridades e forneceu todos os documentos que contribuíssem para o esclarecimento dos fatos".
Representantes do escritório americano Baker & McKenzie e do ex-procurador Marcello Miller não foram localizados pela reportagem.