Todas as regiões do Brasil mostram retomada em ritmo diferente, diz BC
O Nordeste cresceu 0,3% no trimestre encerrado em fevereiro, enquanto o Centro-Oeste avançou 2,1% e o Sul cresceu 0,5%
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As cinco regiões do Brasil estão mostrando retomada da atividade econômica desde 2017, mas em ritmo diferente, disse nesta quinta-feira (26) o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, em evento para comentar a publicação Boletim Regional na capital pernambucana. A região Nordeste cresceu 0,3% no trimestre encerrado em fevereiro, enquanto o Centro-Oeste avançou 2,1% e o Sul cresceu 0,5%. Já o Sudeste mostrou estabilidade na comparação com o trimestre anterior encerrado em novembro de 2017.
Maciel ressaltou que a retomada da atividade é ajudada pela recuperação do crédito, especialmente para a pessoa física. Em todas as regiões, disse ele, há um declínio dos empréstimos para empresas, enquanto as operações para as famílias aumentaram. Muitas empresas, destacou, estão trocando o crédito bancário por operações de captação no mercado de capitais.
"A tendência mais recente é que todas as regiões mostram retomada, mas cada uma com um ritmo e peculiaridade diferente", disse ele. Maciel destacou que a safra agrícola este ano será menor que a de 2017, mas mesmo assim vai contribuir para a retomada e será a segunda melhor safra de grãos da história. O Nordeste é a única região que manterá crescimento em relação ao ano passado, disse ele.
No comércio externo, o executivo do BC ressaltou que a economia global mais robusta, com tendência de crescer mais em 2018, deve aumentar a demanda por exportações brasileiras. Ao mesmo tempo, há tendência também de aumento das importações pelo Brasil por conta da retomada da economia.
Maciel mencionou em sua apresentação que todas as regiões do Brasil mostraram declínio da taxa de desemprego, mas observou que o nível de pessoas sem trabalho ainda segue elevado. "Quando se olha apenas emprego formal, também vemos melhora", completou. O comércio foi fundamental para que a retomada ganhasse força e deve continuar a ser em 2018, observou Maciel. Já o setor de serviços ainda não reagiu na mesma proporção que outros setores. Com informações do Estadão Conteúdo.