Agrishow: agronegócio cobra medidas para crescimento do setor
Feira acontece em Ribeirão preto
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Economia agrishow
A Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) foi aberta nesta segunda-feira (30) em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) com cobranças para o fortalecimento do setor rural.
Durante a cerimônia de abertura, João Carlos Marchesan, presidente do conselho de administração da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), disse que o país está retomando o crescimento após enfrentar a "pior e mais duradoura crise em cem anos", mas que precisa tomar algumas medidas para crescer.
Entre elas, citou a redução do custo Brasil, taxas de juros compatíveis, a aprovação da reforma da Previdência e a simplificação do sistema tributário. A cobrança ocorre logo após o governo prorrogar o prazo para a adesão ao Funrural, programa de parcelamento de dívidas de produtores rurais.
O perdão aos débitos havia sido inicialmente vetado pelo presidente Temer, que acabou cedendo diante de pressões políticas no Congresso. As perdas com o programa chegariam a R$ 10 bilhões.
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, que falou após a abertura da feira, disse que o prazo adicional de 30 dias dado para a adesão ao Funrural não causará impacto na arrecadação do governo.
Ele ainda afirmou que as negociações para a definição do Plano Safra (o principal plano federal de apoio e subsídios ao setor agrícola) ainda aguardam análise da disponibilidade orçamentária. "Este é um mês importante, continuaremos os debates não só com o governo, mas escutando o setor", disse.
A deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS), presidente da frente parlamentar da agropecuária, disse em seu discurso que também é preciso haver previsibilidade do governo federal e segurança jurídica no campo.
"Não podemos assistir de braços cruzados a invasões em que o produtor rural não tenha a voz e é sempre o que está errado", disse.
Presidente da Agrishow, Francisco Matturro disse ainda que é preciso acabar com a separação e competição entre campo e cidade. "Já fomos divididos demais."
A feira agrícola, que terminará sexta-feira (4), prevê R$ 2,3 bilhões em negócios e 150 mil visitantes, de 70 países. Com informações da Folhapress.