Turismo em SP deve perder R$ 104 mi com greve, diz pesquisa
Segundo o Conselho de Turismo da Entidade, caso o problema não seja resolvido, a atividade turística durante o feriado de Corpus Christi poderá ser afetada
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Economia Fecomercio
O Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) estima que o setor de turismo na cidade de São Paulo pode acarretar perda de R$ 104 milhões no faturamento com a paralisação dos caminhoneiros.
A estimativa é baseada nos dados da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS) da FecomercioSP, com a análise do Grupo 13, que envolve as atividades de hotelaria; agências de turismo; excursões; planejamento e organização de feiras, festas e congressos; entre outras.
Para Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, o atual cenário faz com que as pessoas evitem viagens de carro e demais transportes, além de influenciar hospedagem, eventos e demais ações relacionadas ao turismo.
“O impacto negativo está sendo subestimado, pois seria ainda maior se fossem incluídos setores como de locação de veículos, espetáculos, transportes etc.”, afirma. A presidente do Conselho ressalta que, embora bastante resiliente, o setor de turismo tem como característica ser o primeiro alvo dos cortes e um dos últimos a se recuperar em situações de paralisações.
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Para Mariana, há uma crise enorme de abastecimento de produtos básicos, como alimentos e remédios, com transporte público com funcionamento parcial, e prejuízos generalizados, porém, como a economia está em ritmo lento de recuperação, cada dia de greve provoca perdas monetárias e dificuldades na geração de novos empregos.
Na análise do Conselho de Turismo, caso não haja solução do problema nos próximos dias, a atividade turística durante o feriado de Corpus Christi poderá ser afetada, assim como os principais eventos da cidade, como a Parada do Orgulho LGBT e o tradicional turismo de compras, característico dos feriados prolongados.
“Os consumidores que já têm viagem marcada devem contatar companhias aéreas e de ônibus, locadora de veículos, hotéis e pousadas para verificar o status de funcionamento, abastecimento e de infraestrutura”, orienta Mariana.