Governo não vai mudar política de preço da Petrobras, diz ministério
Pedro Parente, ex-presidente da estatal, defendia a manutenção da formação de preços da companhia, hoje com reajustes diários baseados em fatores externos
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Economia Interferência
Após a demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, disse nesta sexta-feira (1º), que o governo segue comprometido em não mudar a política de preços praticada pela estatal. Parente defendia a manutenção da formação de preços da companhia, hoje com reajustes diários baseados em fatores externos como a flutuação do dólar e do preço do barril de petróleo.
No meio político, a crise dos combustíveis intensificou as pressões para que a política da companhia seja alterada. "É importante a gente reafirmar o compromisso do governo, do Ministério de Minas e Energia, de não interferir na política de preços da Petrobras", afirmou o secretário.
Em entrevista após reunião no ministério com representantes de distribuidoras e postos de combustíveis, Félix lamentou a saída de Parente e ressaltou que o caberá ao conselho de administração da estatal escolher um nome que respeite as exigências da Lei das Estatais.
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De acordo com Félix, o governo está preparando e vai apresentar "o mais rápido possível" uma política que gere estabilidade de preços nos postos, sem afetar a Petrobras." A gente espera, bem antes do final do ano, apresentar uma nova política para o consumidor, não para a Petrobras ou para qualquer fornecedor", disse.
O secretário disse que o modelo ainda não está definido, mas poderia ser, por exemplo, o estabelecimento da flutuação de um tributo. Dessa forma, se o preço do combustível subisse, o tributo seria reduzido automaticamente, permitindo uma estabilidade no preço final. Com informações da Folhapress.