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Novo presidente da Petrobras defende preços internacionais

Monteiro foi nomeado pelo conselho de administração da Petrobras na segunda (4), em substituição a Pedro Parente, que pediu demissão na sexta (1)

Novo presidente da Petrobras defende preços internacionais
Notícias ao Minuto Brasil

18:51 - 06/06/18 por Folhapress

Economia Estatal

Em sua primeira comunicação oficial aos empregados da Petrobras, o novo presidente da estatal, Ivan Monteiro, disse que o alinhamento de preços com o mercado internacional é essencial para que a companhia cumpra seu papel de gerar riqueza e desenvolvimento.

Monteiro foi nomeado pelo conselho de administração da Petrobras na segunda (4), em substituição a Pedro Parente, que pediu demissão na sexta (1) pressionado por mudanças na política de preços dos combustíveis implantada em sua gestão.

"A capacidade de estabelecer nossos preços como um reflexo das variações do preço do petróleo, sem perdas para a companhia, e competir de igual para igual neste mercado são condições essenciais para que a Petrobras seja capaz de cumprir seu papel de empresa que gera riqueza e desenvolvimento", escreveu Monteiro.

No texto, ele prega continuidade do trabalho da gestão Parente, a quem agradeceu pelo "excepcional trabalho". "Se olharmos as mudanças pelas quais a Petrobras passou nos últimos anos, veremos realidades completamente diferentes", defendeu Monteiro, que ocupava a diretoria financeira da companhia.

O executivo diz ainda que seu compromisso é defender, alinha do ao conselho de administração da companhia, os princípios que considera essenciais para o equilíbrio entre empresa competitiva e geradora de desenvolvimento.

"Essa visão de longo prazo é necessária agora, pois coloca em contexto o momento atual, em que temos agir para mostrar à sociedade brasileira que sabemos de nossa responsabilidade em contribuir para uma solução para a grave crise em que o país viveu com a greve dos caminhoneiros, ao mesmo tempo em que mantemos a nossa capacidade de investir, de crescer e continuar construindo o futuro da Petrobras", disse ele.

Na terça, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) anunciou que vai abrir consulta sobre a possibilidade de interferir na periodicidade dos reajustes dos combustíveis no país. A ideia é estabelecer prazos mínimos para as mudanças de preço.

A Petrobras disse que vai colaborar no esforço por um diálogo que possa resultar em maior competição "ao mesmo tempo em que mantém a liberdade para a formação de preços". A proposta foi apresentada pela ANP a representantes do setor em reunião nesta quarta (6).

Em julho de 2017, a Petrobras inaugurou uma política de reajustes diários, alegando que precisava ter maior agilidade para combater importações de combustíveis por terceiros. Nos últimos meses, porém, a estratégia passou a ser questionada diante da pressão altista provocada pela escalada do petróleo no mercado internacional.

Após o início da greve dos caminhoneiros, a própria estatal decidiu reduzir em 10% o preço do diesel em suas refinarias e congelar o valor por 15 dias. Em acordo com a categoria, o governo federal ampliou o prazo de congelamento e concedeu mais subsídios aos preços.

Seguindo o exemplo de Parente, Monteiro assinou a carta apenas com o primeiro nome. Ele abre o texto com um relato pessoal contando que é casado, pai de três filhos e que gosta de jogar vôlei. Contou sua experiência no Banco do Brasil, onde iniciou a carreira como funcionário público concursado em uma agência em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais. Com informações da Folhapress.

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