Lagarde afirma que Argentina pode cumprir as metas impostas pelo FMI
Declaração foi dada na abertura da reunião de ministros de Economia e presidentes de Bancos Centrais do G20, em Buenos Aires
© Martin Acosta/Reuters
Economia Desempenho
A diretora do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, disse na manhã deste sábado (21), na abertura da reunião de ministros de Economia e presidentes de Bancos Centrais do G20, em Buenos Aires, que "não vê sinais de que a Argentina possa não cumprir as metas impostas pelo Fundo", para continuar recebendo a linha de crédito de US$ 50 bilhões.
Contou que, após reunir-se com o presidente Macri e com os ministros da área econômica na noite de sexta-feira (20), está convencida de que "a parceria vem funcionando" e que a mensagem que gostaria de trazer é "de total encorajamento à gestão Macri sobre o modo como está levando sua política econômica".
Indagada, porém, quanto à alta inflação que se mostra resistente a baixar (15% no acumulado do ano), Lagarde diz entender a dificuldade do desafio, mas que crê que "os sinais de recuperação do país serão mais visíveis em 2019 e 2020.
Esta já é a terceira reunião econômica do G20, que neste ano é comandado pela Argentina, e que culminará com a reunião dos presidentes dos países que integram o grupo, em novembro. Apesar do otimismo de Lagarde quanto à recuperação argentina, os números de 2018 ainda são desfavoráveis ao país.
Uma crise, ou "tempestade" (palavra escolhida por Macri"), causada pela desvalorização do peso em 40% em poucas semanas, o aumento da inflação e a diminuição da perspectiva de crescimento de 3,5% para 0,5%, fizeram com que houvesse uma desaceleração da economia em áreas importantes, como a construção, e uma queda do fluxo de investimentos do exterior.
O ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne, que também falou na abertura da reunião, apontou para temas mais globais que estarão na agenda, como a guerra comercial entre EUA e China, afirmando que a presidência do G20 por parte da Argentina busca "aproximar posições e fomentar o diálogo".
Além dos ministros da economia e presidentes dos Bancos Centrais, participam representantes de organismos internacionais, como o Banco Mundial, o BID, a CAF e a ONU. Com informações da Folhapress.