Países do G20 pedem mais comércio, diz secretário brasileiro
O documento final da reunião pede "mais comércio, de maneira racional, e que os países conversem mais e briguem menos"
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Economia FMI
A terceira reunião de ministros da economia e presidentes de Bancos Centrais do G20 terminou com uma conferência do presidente Mauricio Macri aos representantes dos países, a mensagem de encorajamento da diretora do FMI, Christine Lagarde, ao programa de reformas argentino e um alerta geral de que a guerra comercial iniciada pelo presidente norte-americano Donald Trump pode afetar o PIB global.
O documento final da reunião, que será divulgado ao final deste domingo (22) pede "mais comércio, de maneira racional, e que os países conversem mais e briguem menos", segundo o secretário internacional do ministério da Fazenda, Marcello Estevão.
"Estamos preocupados porque a guerra comercial não envolve só a China e os EUA. Todos nós podemos levar uma bala perdida quando há briga entre economias muito grandes. Há pouco, levamos uma bala perdida com a questão do aço", afirmou.
Se havia dúvidas de que a Argentina e o FMI fizeram as pazes, elas foram desfeitas nessa reunião.
Lagarde desmanchou-se em elogios às medidas do governo e elogiou Buenos Aires e sua receptividade.
Além disso, disse que o FMI deve voltar a abrir um escritório no país, fechado durante o kirchnerismo (2003-2015).
Lagarde acaba de aprovar uma linha de crédito "stand up" para a Argentina de US$ 50 bilhões, para que ajude o país a financiar seu déficit de orçamento. Ela alertou apenas que as metas devem ser cumpridas, especialmente a de redução da inflação, que vem crescendo apesar das ações do governo.
Macri também teve reuniões bilaterais com o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, com o ministro de Finanças da França, Bruno Le Maire, e com o ministro da Fazenda do Chile, Felipe Larraín. Com informações da Folhapress.