Dólar dispara, ultrapassa R$ 4,20 e Banco Central intervém
Ao todo, 13,8 mil contratos foram fechados no primeiro leilão
© Ricardo Moraes/Reuters
Economia Intervenção
Com o avanço do dólar comercial frente nesta quinta-feira (30), quando chegou a valer quase R$ 4,17, o Banco Central (BC) aunciou, no início da tarde, o leilão de US$ 1,5 bilhão em contratos de swap cambial – equivalente à venda de dólares no mercado futuro – para tentar conter a alta da moeda norte-americana.
Ao todo, 13,8 mil contratos foram fechados no primeiro leilão. Segundo o BC, 16 mil foram oferecidos na segunda rodada. A intervenção pode ter reduzido o apetite do mercado por dólares, já que, por volta das 14h, a moeda dos Estados Unidos dava sinais de recuo, passando a valer R$ 4,144 na venda. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, tinha queda de 1,88%, a 76.914,34 pontos. Mesmo com a atuação do BC, o dólar continua em alta na comparação com o dia anterior, quando encerrou o pregão vendido a R$ 4,114.
O dólar turismo, usado em viagens internacionais, está sendo vendido a R$ 4,56 em casas de câmbio de São Paulo, segundo consulta da Agência Brasil. O valor não inclui taxas de serviço e tributos, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), cobrado de quem compra a moeda na hora da transação.
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Na última quarta-feira (28), dia em que a moeda norte-americana fechou no segundo maior nível desde a criação do real, o BC já havia anunciado a venda de US$ 2,15 bilhões das reservas internacionais do Brasil com compromisso de recomprá-las mais adiante.
Entenda os swaps
Por meio das operações de swap cambial, o Banco Central vende dólares no mercado futuro, mas sem transferir o recurso de fato. Ao fim do contrato, o BC garante ao investidor o pagamento da variação do dólar no período, e o investidor restitui a variação da taxa de juros no período. Se a taxa de juros for superior, o investidor embolsa os rendimentos. Se a moeda subir mais que os juros no período, o BC ganha num primeiro momento, mas troca de rendimentos com os investidores e sai perdendo. Esse contrato faz com que os investidores diminuam o interesse na compra da moeda norte-americana e com que seu valor frente ao real seja reduzido no mercado de câmbio. Com informação da Agência Brasil.