Tesouro Direto é uma opção para quem deseja investir na aposentadoria
Apesar de ser a forma mais comum, poupança não é a melhor forma de investir o dinheiro
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Economia Proteste
Apesar da população brasileira estar envelhecendo, poucos são os que se preparam financeiramente para que possam viver tranquilamente a melhor idade, segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Os motivos são os mais variados: Alguns pensam em ser apoiados pelos filhos ou, enquanto empregados, acabam valorizando outros benefícios que não um plano de aposentadoria. No entanto, vale ressaltar que também há o fato de que muitas pessoas não entenderem ou não saberem como investir.
Para a PROTESTE, associação de consumidores, por ser mais prático, a poupança acaba tornando-se a mais tradicional forma de investimento do Brasil, pois tem formas de remunerar o capital investido. Quando a Selic, taxa básica de juros da economia, está acima de 8,5%, a remuneração da poupança é de 0,5% ao mês, juntamente com o valor da Taxa Referencial (TR) – taxa para correção de contratos, correção do FGTS, etc.
Porém, quando está abaixo desse valor, a remuneração da poupança não cobre as perdas da inflação. A regra que vale é que ela remunere a 70% da taxa Selic mais a variação da TR. Com isso, considerando que a Selic hoje está a 6,5% ao ano, a remuneração da poupança está no patamar de 4,55% ao ano. O que tem sido um rendimento baixo e quase irrisório para os investidores.
O QUE FAZER?
Tendo esses dados, a PROTESTE opina que, investir no Tesouro Direto pode ser uma boa opção para aqueles que desejam fazer seu dinheiro render sem correr grandes riscos. Porém, a questão do prazo deve ser observada com atenção pois, quanto maior o prazo dos títulos, maior o risco de uma mudança inesperada nas taxas de juros, podendo ser desvantajoso para o investidor.
Ao contrário de um fundo de investimento, a gestão dos títulos é feita pelo próprio investidor e não por um gestor profissional, e como os prazos podem ser bem elevados tratando-se de títulos públicos, o risco de oportunidade ao longo do tempo pode ser longo.
É necessário a intermediação de uma corretora por trás, e boa parte delas não cobra nada por isso. Veja abaixo os custos para cada corretora analisada no nosso teste.
Corretora - Taxa de custódia
Banco do Brasil 0,50%
Bradesco 0,50%
Itaú 0,50%
Mirae 0,00%
Mycap 0,20%
Rico 0,00%
Santander 0,40%
TIPOS DE TESOURO DIRETO
O Tesouro Selic (LFT) rende de acordo com a taxa base de juros vigente no momento. O título apresenta baixa volatilidade, evitando perdas no caso de venda antecipada. Assim, este é considerado um título indicado para um perfil mais conservador e para investidores que não tem determinado a data para resgatar os lucros.
Os títulos Prefixados são remunerados de acordo com uma taxa fixa, definida no momento da aplicação. Neste, há dois tipos: o Tesouro Prefixado (LTN) e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F). No primeiro, o investidor receberá uma taxa igual do início ao fim da aplicação. Este modelo é indicado para quem acredita que a taxa Selic e o IPCA não vão superar sua rentabilidade.
O segundo é indicado para os que buscam uma complementação da renda periódica, pois paga juros a cada seis meses. Os títulos prefixados são indicados quando há expectativa que a taxa de juros caia.
Há também os que são corrigidos pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), outro percentual fixo de juros. Neste também existem subdivisões: o Tesouro IPCA + com Juros Semestrais (antiga NTN-B), paga juros semestralmente, enquanto o Tesouro IPCA + (NTN-B Principal), que acumula os juros para pagamento no vencimento.
A PROTESTE ressalta que há diversas opções de investimento, porém, é essencial identificar o tipo de investidor e fazer com o que o dinheiro renda. Para esclarecer essas dúvidas, o consumidor pode acessar aqui.