China cancela visita a EUA e tensão comercial aumenta
A decisão aumenta a tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo
© Thomas Peter / Reuters
Economia Comércio
A China cancelou negociações comerciais previstas com os Estados Unidos e não enviará o vice-premiê Liu He para Washington nos próximos dias, informou o jornal The Wall Street Journal, que conversou com fontes próximas ao assunto. A decisão aumenta a tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Segundo o jornal, uma delegação de nível médio viajaria à capital dos EUA antes da visita de Liu, mas isso não vai mais acontecer.
Nessa semana, a China retaliou os Estados Unidos após o governo de Donald Trump anunciar a aplicação recorde de tarifas a US$ 200 bilhões (R$ 810 bilhões) em importações do país asiático.
Na terça-feira (18), o governo de Xi Jinping respondeu com imposição de sobretaxas contra US$ 60 bilhões (R$ 243 bilhões) em produtos americanos. As tarifas variam entre 5% e 10%, e devem ser aplicadas nesta semana, na mesma data que as medidas de Trump entram em vigor. A disputa crescente tem gerado preocupação nos mercados.
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Na sexta-feira (21), um funcionário da Casa Branca havia dito que os EUA estão avaliando a resposta da China, mas que ainda não há uma data definida para novas medidas.
De acordo com o Wall Street Journal, autoridades chinesas disseram que não se dobrariam a táticas de pressão. Ao recusar participar das negociações, as fontes confirmam que Pequim está cumpre sua promessa de evitar negociar sob ameaça.
"Nada do que os EUA fizeram deu qualquer impressão de sinceridade e boa vontade", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, em uma coletiva. "Esperamos que o lado dos EUA tome medidas para corrigir seus erros."
Ainda assim, Pequim está deixa aberta a possibilidade de se engajar em novas negociações com Washington no próximo mês, disseram pessoas a par do assunto.
Há duas semanas, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, enviou um convite a Liu He pedindo uma nova rodada de negociações neste mês. Com informações da Folhapress.