Bolsa avança com fusão de ministérios sob Bolsonaro
O Ibovespa, principal índice acionário do Brasil, avançou 3,69%, a 86.885 pontos
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Economia Ibovespa
O anúncio dos superministérios do governo de Jair Bolsonaro e a afirmação do novo presidente de que gostaria de ver o atual governo aprovar ainda neste ano a reforma da Previdência levaram a Bolsa brasileira ao maior patamar de fechamento desde março. O dólar encerrou o dia em pequena queda.
O Ibovespa, principal índice acionário do Brasil, avançou 3,69%, a 86.885 pontos. O giro financeiro foi de R$ 20,6 bilhões. No exterior, as Bolsas americanas avançaram mais de 1%, em dia de trégua no exterior.
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A alta do Ibovespa foi puxada pelas ações da Petrobras, que avançaram quase 5%, assim como o setor bancário também registrou alta expressiva nesta terça. A Vivo, que divulgou lucro 160% maior no terceiro trimestre, se valorizou quase 15%.
Durante a tarde, dois dos ministros confirmados de Bolsonaro, Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni, afirmaram que o presidente eleito decidiu manter o plano de criar o superministério da Economia, junção de Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio Exterior. A pasta será comandada por Paulo Guedes.
Além disso, foi confirmada a junção do ministério da Agricultura com o Meio Ambiente.
"Essa fusão dos ministérios, com a Agricultura comendo o Meio Ambiente, e com o superministério da economia, é um sinal bem visto pelo mercado financeiro", diz José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do banco Fator.
O mercado viu também com otimismo a afirmação de Jair Bolsonaro de que trabalharia pela aprovação da reforma da Previdência do governo Temer ainda neste ano. Durante a campanha, Bolsonaro e Lorenzoni disseram que isso não deveria ocorrer.
"Além de reconhecer a importância de se fazer uma reforma rapidamente, o fato [a fala de Bolsonaro] indica uma vitória política do guru econômico Paulo Guedes sobre outro nome importante na equipe de Bolsonaro, o deputado Onyx Lorenzoni, que disse mais de uma vez que é contra aprovar a reforma de Temer ainda em 2018", escreveu a Guide em relatório.
Para a equipe da XP, a sinalização positiva é o ponto principal. "O comprometimento com a agenda econômica e priorização da mesma é um forte sinal na direção do mercado, mesmo que a execução disso ainda seja complexa em 2018".
Enquanto a Bolsa subiu com força, o dólar teve mais um dia de forte volatilidade, indo da mínima de R$ 3,6790 à máxima de R$ 3,7370. A moeda americana fechou em queda de 0,37%, a R$ 3,6920 -de uma cesta de 24 emergentes, o real foi a segunda que mais ganhou força sobre o dólar.
O mercado acompanhou as declarações de Guedes sobre o uso das reservas internacionais, que somam US$ 380 bilhões. Segundo o jornal Valor Econômico, o futuro ministro da Economia planeja reduzir essas reservas. Nesta terça, porém, Guedes negou o plano e disse que elas seriam utilizadas apenas se o dólar chegasse a R$ 5. Com informações da Folhapress.