Senado aprova urgência de texto que autoriza negociação do pré-sal
O texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e se passar pela Casa seguirá para sanção
© Petrobras / ABr
Economia Cessão Onerosa
O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (7) a urgência do projeto que altera as regras do pré-sal e permite que outras empresas possam operar nos blocos hoje controlados pela Petrobras, no acordo conhecido como cessão onerosa.
O texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e se passar pela Casa seguirá para sanção.
A apreciação do mérito deve ficar para a semana do dia 20 de novembro, já que na próxima semana com o feriado é provável que o quorum seja baixo no Congresso.
Se entrar em vigor, a proposta abrirá caminho para que o governo faça um leilão de blocos que, pelos cálculos da equipe econômica, pode levantar mais de R$ 100 bilhões para o caixa da União.
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Parte desse dinheiro poderá ser usada para pagar a Petrobras com quem, em 2010, a União fechou um acordo. Naquele momento, a estatal precisava de dinheiro para fazer frente aos pesados investimentos no pré-sal.
Como o governo não tinha recursos naquele momento, decidiu destinar 5 bilhões de barris (toda a produção projetada nos campos daquela região) à Petrobras como sua parte na capitalização da estatal. Esse acordo é a cessão onerosa.
No entanto, o contrato contém brechas que geram hoje permitem à Petrobras cobrar uma diferença referente a variações cambiais e à cotação do petróleo. Em 2010, o barril estava cotado a cerca de US$ 100 (R$ 377, na cotação desta terça-feira). Hoje, está na casa de US$ 74 (R$ 278). Estima-se que essa diferença hoje seja de US$ 20 bilhões (R$ 75,4 bilhões).
Depois de pesquisas realizadas pela Petrobras na área, já se sabe que o potencial de produção nesses campos ultrapassa 12 bilhões de barris. Por isso, o governo quer leiloar o excedente (7 bilhões de barris) sem que a estatal seja obrigada a participar da disputa.
O projeto prevê, no entanto que, se fizer parceria com outras empresas em um consórcio, a Petrobras deverá ter participação mínima de 30%. Com informações da Folhapress.