China relata quatro novos focos de peste suína africana
Onze porcos morreram em fazenda em Xangai
© Rodolfo Buhrer / Reuters
Economia Negócio
Quatro novos focos de peste suína africana foram registrados nas províncias chinesas de Jiangxi, Yunnan e Sichuan, bem como no município de Xangai, informou o Ministério da Agricultura neste sábado (17).
Dez porcos morreram da doença e outros dez adoeceram em uma fazenda com 150 porcos na província de Jiangxi, no sudeste do país, informou o ministério em seu site. Outros 348 porcos serão abatidos na província de Yunnan, no sudoeste do país, acrescentou.
Uma fazenda com 314 porcos no distrito de Jinshan, em Xangai, foi afetada, informou o ministério. Onze dos porcos morreram enquanto outros 50 estavam infectados.
O vírus apareceu na União Europeia pela primeira vez em 2014, mas ficou restrito à região leste, como os Estados do Báltico, a Polônia e a Romênia. Em setembro, autoridades francesas afirmaram que casos confirmados na Bélgica representam uma disseminação sem precedentes da doença.
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A França divulgou em outubro que colocaria cercas ao longo de sua fronteira com a Bélgica para impedir que os javalis disseminem a peste suína africana.
Os casos belgas foram registrados a cerca de 60 quilômetros da Alemanha, maior produtora de carne suína do bloco, por enquanto imune à doença. O Ministério da Agricultura da Alemanha ressaltou o cumprimento rigoroso de medidas de biossegurança e informou que está finalizando um projeto de lei com o objetivo de combater um surto em javalis.
Sem vacina para proteger os animais, pesquisadores afirmam que o vírus letal –capaz de sobreviver por mais de um ano em um presunto curado –provavelmente se espalhará rapidamente entre os 433 milhões de porcos da China e chegará a outros países, possivelmente até mesmo aos EUA.
Em relatório de março, a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) concluiu que a doença provocaria "consequências devastadoras" para a saúde animal e para a segurança alimentar. Do país, o vírus poderia se espalhar pela Ásia, inclusive pela vizinha península coreana. Com informações da Folhapress.