CCJ do Senado aprova projeto que cria portabilidade nas contas de luz
Atualmente, clientes com carga inferior a 500 KW só podem comprar energia da distribuidora em que estão conectados
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Economia Pauta
Um dia após ser aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o Projeto de Lei do Senado (PLS) 232/2016, do senador Cassio Cunha Lima (PSDB-PB), que expande o mercado livre de energia elétrica, passou pela Comissão de Constituição e Justiça. A votação foi realizada na manhã desta quarta-feira (21), e os senadores não fizeram alteração na proposta, que segue agora para sua última análise pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI).
A proposição altera o modelo comercial de energia elétrica no país com a intenção de, progressivamente, permitir que os pequenos consumidores possam optar em fazer parte do mercado livre, hoje restrito a grandes consumidores de energia. As informações são da Agência Senado.
Atualmente, clientes com carga inferior a 500 KW só podem comprar energia da distribuidora em que estão conectados. Esse é o caso do pequeno consumidor residencial, comercial ou de pequenas indústrias, chamado de mercado consumidor cativo.
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Na fase de discussão da proposta, o senador Hélio José (Pros-DF), que é formado em engenharia elétrica, afirmou que a medida será importante para facilitar a vida dos brasileiros, aumentar a competição do mercado e fazer com que os preços sejam reduzidos.
O senador José Pimentel (PT-CE), por sua vez, lembrou que o texto já havia sido discutido na CAE e pediu sua rápida aprovação:
"A matéria foi discutida ontem na CAE, onde ficou bem claro que o aumento da competitividade vai beneficiar os consumidores. Como não se trata de um projeto terminativo aqui na CCJ, peço que aprovem o parecer para discutimos o mérito na Comissão de Infraestrutura", afirmou.
Na CCJ, o relator foi Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que não detectou qualquer vício de constitucionalidade formal na proposta.