Impostômetro da Associação Comercial marca R$ 2,2 tri pela primeira vez
O valor corresponde ao total arrecadado por União, estados e municípios na forma de impostos, taxas e contribuições
© DR
Economia Recorde
Nesta quinta-feira (6), o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) vai bater um recorde: chegará à marca de R$ 2,2 trilhões de tributos pagos pelos brasileiros desde o primeiro dia do ano. É a primeira vez que essa cifra é alcançada desde que o painel foi implantado, em 2005. O valor corresponde ao total arrecadado por União, estados e municípios na forma de impostos, taxas e contribuições.
Para todo o ano de 2018 a projeção é de que o montante chegue a R$ 2,388 trilhão, o que representa um aumento nominal de 9,98% (ou aumento real de 5,55%, descontada a inflação) em relação ao ano passado, quando o Impostômetro marcou R$ 2,172 trilhão.
+ Futura ministra da Agricultura quer bônus para ruralista cumprir lei
Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), avalia que o crescimento do bolo tributário de um ano para outro reflete o reaquecimento da economia brasileira e a melhora do consumo após a crise, mesmo que em ritmo lento.
“Apesar de ter mais dinheiro nos cofres públicos, os serviços para a população brasileira ? segurança, saúde, educação ? não melhoram, o que transparece que o Estado precisa se ajustar pelo lado dos gastos, gerenciando-os melhor”, diz Burti.
Ele lembra que há estados e municípios superendividados, “o que poderá fazer de 2019 um ano de juros mais altos ou impostos mais elevados, a exemplo do que a velha política fez nos últimos 30 anos”. O ideal, para Burti, “é que o próximo governo reequilibre as contas por meio de reformas estruturantes sem cogitar qualquer elevação ou criação de impostos, propiciando um ambiente menos oneroso para empresas e consumidores”.