Opep planeja cortar produção de petróleo em 1 mi de barris
Reunião desta quinta-feira foi a última do grupo com a presença do Catar
© Reuters / Christian Hartmann
Economia Reunião
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) se reuniu nesta quinta-feira (6) em Viena, na Áustria, para discutir meios de estabilizar o mercado, que teve queda de 22% nos preços em novembro, o pior mês desde a crise financeira de 2008. O encontro terminou sem acordo, que depende de negocições com países aliados que ocorrerão nesta sexta-feira (7)
No mercado norte-americano, o barril do óleo cru é vendido atualmente por US$ 53, sendo que o preço era de US$ 76 em outubro. A Arábia Saudita, maior produtora da matéria-prima no mundo, pressiona a organização para cortar a produção em um milhão de barris diários para aumentar o preço no mercado global. Assim o país árabe espera evitar um excesso de oferta no primeiro semestre de 2019. De acordo com o ministro de petróleo do país, Khalid Falih, o "objetivo é equilibrar o mercado, não causar um choque".
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Os árabes buscam o apoio da Rússia, segundo produtor mundial da commodity, para restringir a oferta e aumentar os preços. Após o encontro com os países-membros, o grupo receberá aliados nesta sexta-feira (7). Segundo a Opep, a demanda global no próximo ano será de 11 milhões de barris por dia, número menor que o de 2018 e 1,4 milhões abaixo da atual produção do bloco.
O presidente norte-americano, Donald Trump alertou nesta quarta-feira (5) que "o mundo não quer nem precisa de preços de petróleo mas altos" e exigiu que a Opep não faça mudanças na produção.
O Catar anunciou nesta segunda-feira (3) que deixará a organização no próximo ano para dedicar-se à produção de gás natural principal produto de exportação do país. A nação árababe enfrenta embargos econômicos de membros do grupo como Arábia Saudita e Emirado Árabes Unidos, que a acusam de financiar o terrorismo. O país é responsável por 30% da demanda mundial do produto e pretende aumentar de 77 milhões para 110 milhões de toneladas de gás nos próximos anos. Com informações da Ansa.