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Bolsa fecha na máxima histórica em 1º pregão de governo Bolsonaro

Recorde foi impulsionado pelos discursos de posse de ministros

Bolsa fecha na máxima histórica em 1º pregão de governo Bolsonaro
Notícias ao Minuto Brasil

20:25 - 02/01/19 por Folhapress

Economia Recorde

A Bolsa brasileira fechou na máxima histórica nesta quarta-feira (2), o primeiro pregão sob o governo de Jair Bolsonaro, impulsionada pelos discursos de posse de ministros e pelo acordo selado pelo partido do presidente, o PSL, para apoiar Rodrigo Maia à reeleição na Câmara.

Com o ambiente já muito positivo, o primeiro discurso de Paulo Guedes como ministro da Economia, apesar de contemplar todos os pontos esperados pelo mercado financeiro, não fez preço.

O Ibovespa, principal índice acionário do país, subiu 3,56% e fechou no recorde de 91.012 pontos. O recorde anterior havia sido de 89.820 pontos. O volume financeiro foi de R$ 17,3 bilhões, acima da média diária de 2018.

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Na máxima do dia, a Bolsa chegou a subir mais de 4%, reflexo da euforia de investidores com o noticiário econômico vindo de Brasília à medida que ministros tomavam posse e faziam seus primeiros discursos.

A alta foi desencadeada pela valorização de mais de 20% nas ações da Eletrobras, após a posse do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Na cerimônia, ele afirmou que o processo de capitalização da companhia, iniciado no governo de Michel Temer, será levado adiante.

Além disso, conforme noticiado pelo jornal Valor Econômico, o atual presidente da companhia, Wilson Ferreira Junior, disse que foi convidado a permanecer à frente da companhia e aceitou.

A disparada dos papéis da estatal levou à reboque a Petrobras, que avançou quase 6% no pregão e ajudou a sustentar a alta. Papéis do setor bancário e ações de empresas de educação também tiveram ganho expressivo nesta quarta.

A Bolsa ganhou um segundo gatilho de alta quando o PSL, partido de Bolsonaro, anunciou apoio formal à reeleição de Rodrigo Maia para a presidência da Câmara dos Deputados. Na prática, a articulação com o político mostrou ao mercado a preocupação do governo Bolsonaro em construir maioria na Câmara para aprovação de reformas.

"A articulação política do Maia é muito cara e importante para a reforma da Previdência", diz Victor Candido, economista-chefe da Guide Corretora.

Neste ambiente já muito favorável, quando Paulo Guedes começou a discursar, após das 15h30, a Bolsa não encontrou espaço para novos ganhos.

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Alvaro Bandeira, economista-chefe da Modalmais, considera que investidores aproveitaram o momento para já embolsar lucros após alta de mais de 6% nas ações da Petrobras durante os negócios, o que ajudou a conter a alta do Ibovespa. Ao final do pregão, os papéis preferenciais da companhia terminaram com alta de 6,08%, a R$ 24,06.

Para ele, porém, o discurso de Guedes, ao contemplar reforma da Previdência, controle do tamanho do estado e carga tributária, soou como uma sinfonia para o mercado financeiro.

"Agora a caneta está valendo", acrescenta Bandeira sobre a euforia de investidores neste primeiro pregão do ano.

Por isso, o mercado teria voltado a ficar eufórico após pelo menos um mês se pautando pelo exterior negativo, com a saída de investidores estrangeiros limitando os ganhos na Bolsa.

No exterior, a quarta foi volátil: os índices americanos iniciaram o pregão em forte queda, chegaram a trabalhar no positivo com afirmações do presidente dos EUA, Donald Trump, de que as negociações com a China para por fim à guerra comercial estão avançando.

Na Europa, as Bolsas fecharam sem direção definida, mas com resultados bastante melhores que as perdas registradas durante o pregão.

O mercado de câmbio brasileiro também destoou do exterior nesta quarta. O dólar caiu 1,70% e fechou cotado a R$ 3,8110, no menor patamar desde o final de novembro. Em dezembro, o Banco Central precisou intervir no mercado para suavizar a disparada da moeda.

De uma cesta de 24 divisas emergentes, o real foi a que mais se valorizou ante o dólar. De forma geral, o dia foi negativo para moedas, com 16 delas se desvalorizando ante a americana. Com informações da Folhapress. 

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