Ministro defende regime previdenciário especial para militares
Posição de Fernando Azevedo e Silva foi endossada pelo comandante da Marinha, Ilques Barbosa
© Marcos Corrêa/PR
Economia Opinião
O novo comandante da Marinha, almirante Ilques Barbosa, defendeu nesta quarta-feira (9) um sistema diferenciado para os militares no regime de previdência.
"A posição da Marinha é a posição do Ministério da Defesa. Não temos previdência, nós temos um sistema de proteção social dos militares. É impróprio mencionar a palavra previdência do ponto de vista técnico. Nós descontamos na ativa, na reserva e reformados", afirmou Barbosa ao fim do evento em que formalizou sua posse como novo comandante da Marinha.
Ao dizer que concordava com a Defesa, o almirante se referiu a um trecho do discurso feito pelo ministro Fernando Azevedo e Silva durante a cerimônia, que disse que as "peculiaridades" da carreira de militar fundamentam a "necessidade de um regime diferenciado" de previdência para a categoria.
"Diante das discussões sobre a reforma do sistema de proteção social dos militares foi incansável no esforço de comunicar as peculiaridades da nossa profissão, que as diferenciam das demais, fundamentando a necessidade de um regime diferenciado, visando assegurar o adequado amparo social aos militares das forças armadas e seus dependentes", afirmou o ministro.
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"Diante das discussões sobre a reforma do sistema de proteção social dos militares foi incansável no esforço de comunicar as peculiaridades da nossa profissão, que as diferenciam da demais, fundamentando a necessidade de um regime diferenciado, visando assegurar o adequado amparo social aos militares das Forças Armadas e seus dependentes", disse ao elogiar o almirante Eduardo Leal Bacelar, que deixou nesta quarta o comando da Marinha.
O comandante mencionou ainda uma Medida Provisória editada em 2001, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, cuja tramitação está paralisada e trata da Previdência dos militares.
"Tivemos uma MP que todos conhecem do que se trata e tivemos realmente algumas reduções. Este trabalho que tem sido feito exaustivamente pelas Três Forças já temos um ponto em comum, o ministro da Defesa está conduzindo esta negociação e estamos neste diapasão", disse.
A MP do governo de FHC acabou com a promoção automática dos militares que passam para a reserva, o auxílio-moradia e o adicional de inatividade dos militares.
O tema foi abordado recentemente pelo presidente Jair Bolsonaro em evento de posse de Azevedo como ministro da Defesa, que também defendeu a aprovação do texto. Com informações da Folhapress.