Previdência seria aprovada se Bolsonaro assumisse liderança política
Opinião é do economista-chefe do BNDES, Fabio Giambiagi
© Isac Nóbrega/PR
Economia Opinião
Uma das principais e mais difíceis metas do atual governo, a reforma da Previdência, em qualquer molde, seria aprovada sem muitos problemas caso o presidente, Jair Bolsonaro, venha assumir a liderança política do processo.
A opinião é do economista-chefe do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Fabio Giambiagi, e foi dada em entrevista à Folha de S. Paulo.
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"Bolsonaro derrotou simplesmente a maior liderança surgida no país desde Getúlio Vargas. Esse é um capital político formidável. O presidente pode aprovar a reforma que quiser se assumir a liderança do processo", avalia.
Giambiagi também critica a possibilidade de uma pessoa se aposentar após 35 anos de trabalho. "Daqui a poucos meses, aos 57 anos, eu poderei me aposentar pelo INSS, ao completar 35 anos de trabalho. Isso é um completo absurdo. Eu estou em pleno uso de minhas condições físicas e mentais. Se morasse nos Estados Unidos, teria de trabalhar até os 65 anos. Mas, morando aqui, num país com enormes carências, posso me aposentar oito anos antes. Não faz nenhum sentido", critica.
"Não farei usufruto do benefício porque eu milito no time dos otários, mas o mais aberrante de tudo é que, no universo daqueles que se aposentam por tempo de contribuição, a essa idade eu já estou no grupo dos mais velhos."