Boeing aposta em ‘asa-treliça’ para tornar avião mais rápido
O projeto ainda está em fase de pesquisa, mas já foram realizados alguns testes em túnel de vento
© Boeing Creative Services
Economia Pesquisa
A Boeing revelou nesta semana um novo modelo de asas que, segundo a fabricante americana, reduz o consumo de combustível ao mesmo tempo em que aumenta a velocidade média das aeronaves, tornando as viagens mais rápidas.
A façanha é fruto da chamada Transonic Truss-Braced Wing, uma asa em formato de treliça, com um segmento superior e outro inferior.
O projeto ainda está em fase de pesquisa, mas já foram realizados alguns testes em túnel de vento, segundo o gerente do projeto, Neal Harrison. A ideia é operar modelos com esse tipo de asa a partir de 2030.
+ Previdência seria aprovada se Bolsonaro assumisse liderança política
+ Petrobras diz que amigo de Bolsonaro passará por análise da governança
A Boeing afirmou que um avião equipado com essa asa poderia voar a 980 km/h em voo de cruzeiro, entrando na velocidade transônica, superior às subsônicas dos voos comerciais atuais (entre 800 e 900 km/h), mas ainda inferior aos aviões supersônicos como o Concorde, que voava a 2.000 km/h.
Enquanto isso, o consumo de combustível poderia ser reduzido de 8% a 10% em relação aos níveis atuais.
A fabricante americana divulgou uma projeção feita em computador de como ficaria o design de um avião narrowbody (como o 737 e o Airbus A320, por exemplo) com as asas.
O avião teria 52 metros de envergadura considerando-se o segmento superior da asa. O design lembra o de antigos bimotores dos primórdios da aviação.
Segundo o gerente do projeto, apesar da imagem mostrar um avião de fuselagem estreita, aviões maiores como os 787 e 777 também poderiam receber esse tipo de asa.
Aliás, o 777X (a nova geração do Boeing 777, a ser lançada até o fim deste ano) já terá uma inovação nesse campo: asas dobráveis que aumentam a envergadura da aeronave e ajudam a reduzir o consumo de combustível, meta sempre perseguida por fabricantes já que combustível costuma ser a maior despesa no orçamento das companhias aéreas. Com informações da Folhapress.