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Queda do preço do ferro puxou recuo nas exportações em janeiro

Queda do preço do ferro puxou recuo nas exportações em janeiro, diz secretário

Queda do preço do ferro puxou recuo nas exportações em janeiro
Notícias ao Minuto Brasil

17:05 - 02/02/15 por Agência Brasil

Economia Seretário

A queda no preço internacional do ferro foi o fator que mais contribuiu para o déficit de US$ 3,174 bilhões na balança comercial em janeiro, disse hoje (2) o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Daniel Godinho. Segundo ele, o minério, principal produto de exportação do país, respondeu sozinho por cerca de 40% do saldo comercial negativo.

Em janeiro do ano passado, a tonelada do minério de ferro custava US$ 108,50. No mês passado, o preço caiu para US$ 51,40. Ao longo de 2014, o preço das commodities – bens primários com cotação internacional – caiu por causa da desaceleração da economia global, principalmente da China, maior consumidor mundial de bens agrícolas e minerais.

Outro produto que explica a queda do preço das commodities é o petróleo. Por causa do aumento da produção do óleo de xisto nos Estados Unidos e no Canadá e da demanda menor que o esperado na Europa e na Ásia, a cotação do barril caiu de US$ 114, em junho do ano passado, para US$ 46, em janeiro deste ano. O novo nível de preços interferiu na balança comercial brasileira.

Em janeiro, a conta petróleo – diferença entre exportações e importações de petróleo e derivados – ficou negativa em US$ 685 milhões. Apesar do resultado negativo, o valor é menor que o déficit de US$ 1,461 bilhão registrado em janeiro de 2014. Mesmo com a retomada da produção de plataformas, a queda no preço do petróleo impediu o crescimento do valor exportado.

O valor das exportações de petróleo caíu 6,7% em janeiro pela média diária em relação ao mesmo mês de 2014, embora o volume embarcado tenha aumentado 96,8% na mesma comparação. As compras externas de petróleo e derivados caíram em ritmo bem maior, 26,4%, motivadas tanto pela queda na quantidade importada como nos preços.

Godinho não quis fazer projeções para as exportações em 2015. Ele, no entanto, disse que o governo acredita que o déficit comercial de US$ 3,93 bilhões em 2014 não se repetirá neste ano. “Ainda não dá para fixar uma meta para as exportações porque os sinais são contraditórios. Do lado favorável, temos o câmbio [alta do dólar] e o crescimento da economia americana. Por outro lado, temos a queda no preço das commodities e a incerteza no crescimento econômico de parceiros importantes, como a União Europeia, a Argentina e a China”, disse.

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