Bolsonaro defende reforma previdenciária 'moderna' e 'fraterna'
O presidente elencou nesta segunda-feira (4) a reforma previdenciária como uma prioridade
© REUTERS / Ueslei Marcelino (Foto de arquivo)
Economia Ao Congresso
Em mensagem ao Poder Legislativo, o presidente Jair Bolsonaro elencou nesta segunda-feira (4) a reforma previdenciária como uma prioridade, defendeu a liberdade de imprensa e os direitos humanos e declarou guerra ao crime organizado.
No texto lido em plenário pela deputada federal Soraya Santos (PR-RJ), primeira-secretária do Congresso Nacional, ele afirmou que a mudança no regime de aposentadorias será um "grande impulso" para o país e que a proposta, que deve ser apresentada neste mês, será "moderna" e "fraterna".
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"[Uma proposta] Que conjuga o equilíbrio atuarial, com o amparo a quem mais precisa, separando previdência de assistência, ao tempo em que combate fraudes e privilégios", disse.
Ele dividiu a responsabilidade pela aprovação da iniciativa com o Poder Legislativo e ressaltou que a medida trará a criação de poupanças individuais, dando condições para o aumento dos investimentos e para a elevação do ritmo de crescimento do país.
"É um caminho consistente para liberar o país do capital internacional. Ao transformar a Previdência, começamos uma grande mudança no Brasil. A confiança sobe, os negócios fluem, o emprego aumenta. E eis que se inicia um círculo virtuoso na economia", afirmou.
Além da reforma previdenciária, Bolsonaro pregou que políticas na área de segurança pública também devem ser colocadas aprimoradas pela nova legislatura. Segundo ele, nos últimos anos, a criminalidade bateu recorde no país diante de um governo federal "tímido na proteção da vítima e efusivo na vitimização social do criminoso".
"O governo brasileiro declara guerra ao crime organizado. Guerra moral, guerra jurídica, guerra de combate. Não temos pena e nem medo de criminoso. A eles sejam dadas as garantias da lei e que tais leis sejam mais duras", destacou.
Em um aceno aos eleitores de centro, ele defendeu o respeito aos direitos humanos e disse que mulheres e negros eram, no passado, objeto de discurso, mas não de políticas consistentes de proteção. Segundo o presidente, a sua administração defenderá a liberdade de opinião, de crença e de imprensa."Nós, como a imensa maioria dos brasileiros, rejeitamos as ditaduras, a opressão, o desrespeito aos direitos humanos. Rejeitamos, também, os modelos que subjugam o Legislativo, seja por corrupção ou seja por ideologia". disse.
Ele ressaltou ainda que rejeita a perseguição aos partidos de oposição, mas pediu a eles que respeitem o país e tenham "dignidade no exercício de seu legítimo papel". Para ele, é hora da classe política voltar a servir o país e se voltar aos problemas da nação.
"É isso que significa dizer mais Brasil e menos Brasília. O estado brasileiro, ao longo do tempo, foi se voltando muito para si e pouco para a sociedade", criticou.
Em uma série de ataques às administrações petistas, uma de suas bandeiras durante a campanha eleitoral, ele afirmou que o país resistiu a décadas de uma "dominação cultural" e acabou "assaltado", com uma democracia vulnerável diante de uma "dilapidação moral e ética".
"Os brasileiros, especialmente os mais pobres, conhecem o resultado da era que terminou: a pior recessão econômica da história nos foi legada. Isso foi resultado direto do maior esquema de corrupção do planeta, criado para custear um projeto de poder local e continental", afirmou. Com informações da Folhapress.