INSS proíbe funcionários de falar sobre a reforma para a imprensa
Para advogados, a medida chama a atenção e não é comum, mas é legal e pode ajudar a conter a desinformação
© Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
Economia Previdência
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) baixou uma circular desautorizando que seus funcionários se manifestem publicamente para a imprensa a respeito da reforma da Previdência.
O ofício-circular nº 4 diz que esclarecimentos, orientações e informações sobre a reforma estão sob responsabilidade da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
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"Destarte, ficam desautorizados a concessão de entrevistas e o fornecimento de informações sobre o tema no âmbito deste Instituto", diz ofício assinado por Renato Rodrigues Vieira, presidente do INSS.
O documento é direcionado a diretores, coordenadores-gerais, superintendentes regionais, gerentes-executivos, gerentes de postos de atendimento, bem como procurador-chefe, auditor-geral e corregedor-geral.
Segundo o texto, solicitações de entrevista ou pedidos de informação de veículos de imprensa sobre o assunto deverão ser encaminhados à assessoria de comunicação da secretaria especial, por intermédio da assessoria do INSS.
"[...] Aproveita para esclarecer que esta orientação tem por objetivo uniformizar a comunicação sobre a matéria", concluiu Vieira.
Segundo a assessoria do INSS, o ofício foi enviado aos servidores "com o intuito de otimizar os fluxos e demandas de imprensa sobre o tema".
Nos bastidores, o entendimento é de que o instituto é um mero executor das regras, não cabendo a ele debater a definição de políticas de seguridade social.
Para advogados, a medida chama a atenção e não é comum, mas é legal e pode ajudar a conter a desinformação.