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Reincidente na Maria da Penha, lutador é proibido de deixar o país

Marlon Sandro terá que responder aos processos referentes a três crimes que teria cometido contra a sua então noiva

Reincidente na Maria da Penha, lutador é proibido de deixar o país
Notícias ao Minuto Brasil

10:15 - 21/11/19 por Folhapress

Esporte MMA

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O lutador de MMA Marlon Sandro, da equipe carioca Nova União, foi proibido de deixar o Brasil e terá que responder no país aos processos referentes a três crimes que teria cometido contra a sua então noiva, a publicitária Tayssa Madeira.

Ex-treinador do antigo campeão mundial José Aldo, Marlon estava ministrando aulas de luta na China, mesmo sendo réu por lesão corporal, ameaça e invasão a domicílio no âmbito da Lei Maria da Penha. Os crimes teriam ocorrido em 2017 e 2018.

Em audiência na última segunda-feira (18), a juíza Luciana Carvalho renovou medidas protetivas que impedem Marlon, ex-lutador do torneio Bellator, de ter contato com sua ex-noiva, seja física ou virtualmente. A juíza também mandou avisar a Polícia Federal que o lutador está proibido de sair do país, sob pena de ter seu passaporte apreendido.

Tayssa e Marlon moravam juntos havia seis meses, quando ela foi agredida na saída de um jogo do Flamengo em dezembro de 2017. A violência deixou marcas no rosto. Ela também machucou um dos punhos. Em fevereiro do ano seguinte, o lutador entrou no apartamento da publicitária, que afirmou ter sido ameaçada de morte com uma faca.

Reincidente, o atleta responde ou já respondeu a pelo menos 11 processos. Em um deles, de 2013, Marlon foi condenado em primeira e segunda instância por lesão corporal contra outra mulher. Na época, ele admitiu ter agredido com um soco a mãe de seus filhos e foi condenado a três meses de prisão em regime aberto.

Em breve contato com a reportagem, Marlon afirmou que não gostaria de comentar o assunto e indicou seu advogado, que não foi localizado.

O advogado Eric Trotte, que defende Tayssa Madeira, pediu a apreensão do passaporte do lutador, mas a medida não foi acatada pela juíza. "O intuito era garantir que ele compareça aos próximos atos do processo. Até a última audiência, foram inúmeras e infrutíferas as tentativas de encontrá-lo", afirmou.

Antes de ser contratado por uma academia chinesa, Marlon foi publicamente expulso da equipe Nova União, um dos times de MMA mais conhecidos do país, mas depois acabou readmitido. Ele continua participando de torneios de jiu-jitsu e treinando com outros membros da Nova União. Em abril, foi campeão do torneio Hélio Gracie, organizado pela Federação de Jiu-Jitsu do Rio de Janeiro.

No ano passado, começou a dar aulas de MMA para mulheres na praia do Flamengo. Marlon já foi um dos principais nomes do time, e chegou a ser retratado no filme "Mais Forte Que o Mundo - A História de José Aldo", de 2016.

Procurado, o técnico e líder da Nova União, Dedé Pederneiras, afirmou que o lutador será expulso definitivamente da equipe apenas em caso de condenação judicial.

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