Capitã da seleção de handebol escondeu trombose de colegas
Dara vai ter que ficar de repouso por pelo menos três meses e desfalcará a seleção brasileira que vai disputar os Jogos Pan-Americanos
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Esporte Pivô
Estivesse em um dos incontáveis voos nos quais precisa embarcar toda temporada, a pivô Fabiana Diniz, a Dara, talvez não pudesse nunca mais jogar handebol. Na quarta-feira passada, a capitã da seleção campeã mundial estranhou as dores na panturrilha direita, procurou um médico em Guaratinguetá (SP), sua cidade natal, e foi diagnosticada com uma trombose profunda. "Tive medo de não poder voltar a jogar, medo de que fosse o fim de tudo", conta ela, em entrevista exclusiva à Agência Estado.
Por conta da trombose, causada possivelmente pelo uso de pílulas anticoncepcionais, Dara vai ter que ficar de repouso por pelo menos três meses e desfalcará a seleção brasileira que vai disputar os Jogos Pan-Americanos. O baque foi tamanho que a capitã ficou três dias deitada na cama antes de tomar coragem e contar para as colegas de equipe da sua doença. "Não queria passar para elas meu desespero. Queria estar forte para passar tranquilidade". Ela completa que o diagnóstico "foi um susto sim, mas o primeiro que veio na minha cabeça quando ele falou o repouso de três meses foi o Pan. Só pensei na seleção, nos objetivos que tinha como atleta. Não tinha como não pensar, porque acho que todo atleta se prepara para a competição, para o momento de competir. Perder o direito a lutar por isso é muito duro. Passado alguns segundos e com a explicação do médico, tive noção dos riscos de saúde que eu estava correndo". Com informações do Estadão Conteúdo.