O ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, 68, admite que é investigado pelo FBI (a polícia federal dos Estados Unidos), no escândalo internacional da Fifa, em entrevista à Folha. O cartola nega, entretanto, ser beneficiário do esquema de pagamento de propina. Sete cartolas estão presos na Suíça desde maio, entre eles José Maria Marin, seu sucessor na CBF.

Ricardo Teixeira deixou a CBF em 2012, por pressão do governo federal e da cúpula da Fifa, quando era alvo de denúncias de corrupção. "Se envolve o contrato da Nike, quem assinou o contrato da Nike fui eu. Então não adianta ficar tapando o sol com a peneira", revela.

A Nike assinou contrato de US$ 160 milhões, mas pagou outros Us$ 40 milhões em "despesas de marketing", que, além de não estarem contempladas em acordo inicial, foram depositados em conta bancária na Suíça, em nome de empresa brasileira de patrocínio esportivo, revela a Folha. O Departamento de Justiça dos EUA está investigando os pagamentos realizados pela multinacional esportiva Nike à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em 1996.