SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Hexacampeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton criticou a direção da categoria por manter o Grande Prêmio da Austrália, em Melbourne, que abrirá a temporada de 2020, neste domingo, (15).

Hamilton disse que a decisão mostra que a organização valoriza o lucro em detrimento da saúde pública, desconsiderando a pandemia de coronavírus no mundo. Os treinos livres começam na noite desta quinta (12, horário de Brasília).

"O dinheiro é rei", disse o piloto ao ser questionado sobre o motivo de a corrida ainda estar mantida. "É ótimo termos corrida, mas eu estou muito chocado. É realmente chocante estarmos todos sentados nesta sala. Já vimos hoje de manhã que Trump fechou as fronteiras dos Estados Unidos, a NBA sendo suspensa. Mas a Fórmula 1 continua", completou Hamilton.

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e os organizadores do GP da Austrália ainda não se pronunciaram sobre um possível cancelamento da corrida.

Pouco depois da entrevista de Hamilton, a McLaren anunciou que está fora do GP da Austrália após ser confirmado que um funcionário contraiu a Covid-19. Além da McLaren, funcionários da Haas estão sob suspeita de estarem com a doença.

Antes da confirmação do caso na McLaren, o diretor de saúde do estado de Vitória, Brett Sutton, cogitou cancelar a prova em Melbourne em entrevista a emissora australiana de rádio 3AW, caso houvesse confirmação de infectados.

O Grande Prêmio da China, previsto para 19 de abril, foi adiado. Já o Grande Prêmio do Bahrein não terá a presença do público em 22 de março.