Carille admite erros no Corinthians e diz deixar lado retranqueiro
Fábio Carille está atualmente no comando do Al-Ittihad, da Arábia Saudita
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Esporte Passado
Atualmente no comando do Al-Ittihad, da Arábia Saudita, o técnico Fábio Carille admitiu nesta quinta-feira que cometeu erros em suas passagens pelo Corinthians e afirmou que está deixando para trás o seu lado retranqueiro. "Aqui eu já estou conseguindo implantar outra ideia", disse o treinador.
"Muito se fala do Carille retranqueiro, mas eu simplesmente dei seguimento a uma ideia implementada pelo Mano (Menezes) em 2009. Não seria eu que ia mudar, ainda mais com o Corinthians tão vitorioso", declarou Carille, em entrevista ao canal Sportv.
O treinador chegou ao clube paulista justamente em 2009 para ser auxiliar-técnico de Mano Menezes. Nesta função, ficou até 2016, quando recebeu sua primeira chance como técnico principal. Depois de uma breve saída, ele retornou ao clube em 2017. E uma nova passagem aconteceu no ano passado.
Na sua avaliação, seu retorno poderia ter resultados melhores. "Eu não faria tantas mudanças como fiz. Quando você faz muitas mudanças, você vai tirando a confiança do jogador. Você vai mudando, vai mudando, não dá liga, o jogador vai perdendo a confiança", reconheceu.
Mesmo assim, ele fez uma avaliação positiva sobre sua última passagem pelo clube, pelo qual foi tricampeão paulista. "Foi muito positivo por tudo o que aconteceu, foi um ano de remontagem. Trabalharam 17 jogadores pela primeira vez comigo. Jogadores contratados dentro da realidade do Corinthians. Naquela dificuldade toda, ainda ganhamos o Paulista. Foi um ano de aprendizado, de certeza, ano de coisas que não voltarei a fazer na carreira. Estou no início ainda. Por tudo o que aconteceu, não se falava em título no Corinthians. Saí de cabeça erguida. Erros acontecem, mas o importante é aprender com eles."
Desde fevereiro trabalhando no Al-Ittihad, Carille comentou que na Arábia Saudita os casos de coronavírus já foram contidos. "Aqui está muito controlado. Desde o início o país já fechou as fronteiras, escolas e shoppings. O governo daqui deixa a gente muito à vontade com essa questão. São poucos casos. Estão tendo todos os cuidados possíveis", declarou.