Nobre diz que Aidar desgasta imagem dos dirigentes
As brigas entre os dois dirigentes tiveram início no começo do ano passado, quando o São Paulo contratou o atacante Alan Kardec, que pertencia ao Benfica e estava emprestado ao Palmeiras
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Desafetos declarados, os presidentes de Palmeiras e São Paulo, Paulo Nobre e Carlos Miguel Aidar, respectivamente, passam por momentos completamente distintos em seus clubes. O palmeirense lamenta o momento vivido pelo rival, já que, segundo ele, as denúncias e a eminente renúncia do cartola do clube rival fazem com que todos os dirigentes sejam prejudicados e tenham a imagem ainda mais desgastada.
"É desagradável qualquer escândalo porque respinga no meio do futebol. Cartola no futebol é muito mal visto. Tem gente ruim em todos os grupos, mas a minoria ruim contamina, principalmente a imagem da maioria", disse o palmeirense, em entrevista à TV Gazeta.
Nobre assegurou que jamais recebeu qualquer tipo de oferta para ganhar alguma comissão em negociações ou algo do gênero, como Aidar está sendo acusado por dirigentes do São Paulo. "Milito ativamente no futebol há três anos e nunca vi absolutamente nada. Quem tem esse tipo de postura sabe com quem está negociando e, se não sente abertura, não se expõe", comentou Nobre.
Para evitar ainda mais polêmicas, o presidente do Palmeiras manteve o discurso de não comentar sobre o que acontece no rival, apesar das desavenças do passado. "Acho extremamente delicado e antiético comentar o que acontece na casa dos outros. Assim como não acho legal que coloquem o bedelho sobre o que acontece no Palmeiras. Cada um tem seus problemas", explicou.
As brigas entre os dois dirigentes tiveram início no começo do ano passado, quando o São Paulo contratou o atacante Alan Kardec, que pertencia ao Benfica e estava emprestado ao Palmeiras. A negociação entre o alviverde e o jogador se estendeu demais e o rival entrou na disputa, levando Kardec para o Morumbi.
Irritado, Nobre disse que o clube e Aidar eram antiéticos e que não teria mais nenhuma ligação com o rival enquanto estivesse no poder. Aidar respondeu com ironias, dizendo que o "choro é livre", que o palmeirense era juvenil e que o time rival estava se apequenando.