Jesualdo se opõe a Sampaoli e vira bombeiro em 'incêndio' no Santos
O treinador português procura acalmar os ânimos na Vila Belmiro
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SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Santos perdeu três jogadores na última semana -dois eram titulares. No ano passado, tal situação viria acompanhada de uma chuva de críticas do técnico da equipe quando tivesse a primeira oportunidade, mas não foi isso que foi visto neste ano: Jesualdo Ferreira se tornou quase um bombeiro para apagar o "incêndio" no Santos.
Ao contrário de Jorge Sampaoli, que não poupou críticas ou pedidos por reforços em diversas ocasiões na temporada, o treinador português adota um tom conciliador em suas entrevistas coletivas e procura acalmar os ânimos na Vila Belmiro.
Após o empate por 1 a 1 contra o Santo André na noite de quarta (22), Jesualdo foi questionado sobre as saídas de Éverson e Eduardo Sasha, que entraram na Justiça contra o Santos pedindo rescisão por atraso salarial. Além dos titulares, ele ainda perdeu Yuri Alberto, que vinha atuando.
No entanto, o treinador não pediu reforços para o time, não reclamou da administração do presidente José Carlos Peres, nem fez lobby para que o clube não negocie o zagueiro Lucas Veríssimo -pilar da equipe que está na mira do Benfica.
Jesualdo preferiu confiar no que o Santos pode lhe dar para trabalhar no momento: Vladimir para o lugar de Everson e o jovem Kaio Jorge para a vaga de Eduardo Sasha.
"[Eles] Têm que estar [prontos]. E vão estar num futuro próximo. Não precisamos achar que tudo foi bom no primeiro jogo. Digo que nada vai ser como antes. Recuperar estilo e hábitos. Bom não esquecer que jogamos contra a equipe com mais pontos. Santo André é uma boa equipe. No que diz respeito à pergunta, Vladimir e Kaio precisam fazer. Kaio foi importante até quando ficamos com dez", disse Jesualdo.
Não é que o técnico não queira reforços. Ele quer, sabe das carências do time e já informou suas preferências à diretoria. Ainda assim, diante do cenário caótico vivido pelo Santos nos bastidores, Jesualdo se mostrou sóbrio em sua entrevista -o treinador tentou acalmar os arredores, ao invés de colocar ainda mais fogo, como Sampaoli fez durante a última temporada.