Corinthians não quer fazer testes para novo coronavírus antes da final
Andrés Sanchez, afirmou que a equipe não considera necessário o elenco realizar o teste porque os jogadores têm permanecido em isolamento nos últimos dias.
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O Corinthians não quer fazer os exames para detecção do novo coronavírus antes das duas partidas da final do Campeonato Paulista contra o Palmeiras. Em reunião por videoconferência nesta segunda-feira, o presidente do clube do Parque São Jorge, Andrés Sanchez, afirmou que a equipe não considera necessário colocar o elenco para realizar o teste porque os jogadores têm permanecido em isolamento no centro de treinamento durante os últimos dias.
O presidente corintiano revelou a recusa em conversa nesta segunda-feira com as participações do presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte, e do presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos. Adversário do Corinthians na decisão, o time alviverde se posicionou contrário à ideia e afirmou que vai colocar todos os jogadores para serem submetidos aos testes.
A FPF ainda não se posicionou sobre o tema. O diretor médico da entidade, Moisés Cohen, ficou encarregado de procurar os médicos dos dois clubes para encontrar um acordo. O pedido do Corinthians vai contra ao que estava previsto no protocolo de cuidados da própria entidade, que previa a realização de testes antes de todas as partidas e monitoramento contínuo de sintomas dos atletas.
O clube alvinegro alega não ser necessário realizar os exames porque nos últimos dias os jogadores não têm saído da concentração do clube, exceto para disputar as partidas do Paulistão, que são realizadas com os portões fechados. O Palmeiras está com uma programação diferente para o elenco e tem permitido que os atletas vão para casa quando não é véspera de jogos.
Na semana passada, o Red Bull Bragantino recebeu erradamente 26 resultados positivos de testes do novo coronavírus antes de enfrentar o Corinthians, no estádio do Morumbi. Os nove jogadores, quatro integrantes da comissão técnica e 13 demais funcionários foram afastados, mas dias depois, horas antes da partida, o hospital Albert Einstein informou que os exames, na verdade, tinham dado negativos.