Deputado do PP assume a CBF, enquanto Del Nero é indiciado nos EUA
Poucas horas após o Departamento de Justiça dos EUA anunciar o indiciamento dele, o dirigente máximo do futebol brasileiro pediu licença do cargo
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Esporte FBI
Pouco mais de seis meses depois de estourar o escândalo de corrupção da Fifa, Marco Polo del Nero finalmente deixou a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ainda que de forma provisória. Poucas horas após o Departamento de Justiça dos EUA anunciar o indiciamento dele e de outros 15 dirigentes do futebol das Américas, o dirigente máximo do futebol brasileiro pediu licença do cargo.
"A CBF vem a público informar, face às noticias veiculadas nesta data, que o presidente Marco Polo Del Nero apresentou pedido de licença do cargo com a finalidade de dedicar-se à sua defesa, em vista de ter seu nome mencionado em acusações relatadas pela Justiça norte-americana e pelo Comitê de Ética da Fifa", diz nota publicada no site oficial da CBF.
A entidade defende Del Nero dizendo que "em nenhum dos procedimentos relatados foi conferida ciência ao presidente do conteúdo das acusações". Após o FIB escrever em seu relatório que "Del Nero recebeu propina para a Copa América e para a Copa do Brasil" e que pediu "ao lado de (José Maria) Marin e (Ricardo) Teixeira, propinas para a Copa Libertadores", Del Nero diz que tem "absoluta convicção da comprovação de sua inocência".
Ainda de acordo com a CBF, "neste período de licença", Del Nero será substituído pelo vice-presidente Marcus Antônio Vicente. O dirigente do futebol capixaba, deputado federal pelo PP do Espírito Santo, foi designado para o cargo pelo próprio Del Nero, "em cumprimento às suas atribuições estatutárias", pelo que diz o comunicado da CBF.