Surfistas locais podem definir título do Circuito Mundial em Pipeline
Os surfistas locais podem ser o fiel da balança na disputa do título mundial de surfe
© Reuters
Esporte Havaí
Especialistas nas ondas de Pipeline, os havaianos estarão nas baterias de Mick Fanning, Filipe Toledo, Adriano de Souza e Gabriel Medina - os candidatos ao troféu. Como as duas primeiras fases da competição são cruciais para dar o tom de quem vai disputar o título, todo cuidado é pouco no começo da competição.
Nesta terça-feira, no início da etapa, deve ser disputada uma triagem com atletas do Havaí que decidirá quem vai entrar na chave principal. Além deles, o veterano Bruce Irons recebeu um convite da organização, já que o Pipe Masters será realizado em homenagem ao seu irmão Andy Irons. As vagas foram abertas por causa da ausência de Fred Patacchia, que se aposentou, e Matt Banting, que está machucado.
É bem provável que Bruce Irons caia na mesma bateria do australiano Mick Fanning, líder do ranking mundial, e de outro havaiano, Sebastian Zietz, que precisa ir bem para permanecer na elite no próximo ano. Já o vice-líder Filipe Toledo vai ficar na mesma bateria de Kolohe Andino e de um havaiano vindo da triagem.
Adriano de Souza, terceiro colocado no ranking, está na quarta bateria da primeira fase, contra um convidado e Michel Bourez, do Taiti. E o quarto colocado Gabriel Medina deve ter o duelo com dois havaianos: Keanu Asing e um vindo da triagem.
PRESSÃO - Os candidatos ao título sabem que um tropeço na primeira fase não é fatal, porque os dois perdedores vão para uma repescagem. Mas ter de disputá-la logo de cara será uma pressão enorme.
Medina reconhece que o começo da etapa não será fácil. "Os locais surfam aquela onda com mais frequência, e serão baterias difíceis. Mas no ano passado eu era líder do campeonato, passei por isso e deu tudo certo. De qualquer forma, sei que serão baterias complicadas."
A dificuldade contra os locais não é apenas pelo talento dos havaianos, mas também pela dificuldade em surfar as ondas de Pipeline, conhecida por ser a praia com mais surfistas por metro quadrado de onda. Muitas vezes o atleta passa o dia inteiro na água para conseguir surfar raríssimas ondas boas.
Filipinho sabe que isso é um problema para os estrangeiros. "O Havaí é um lugar difícil de surfar. Temos de treinar e ser o melhor dentro daquele mar". Com informações do Estadão Conteúdo.