Incomodado com protestos, Sampaoli avalia deixar Atlético-MG após o Brasileiro
A reportagem apurou que o Atlético-MG aguarda um posicionamento oficial do treinador, que ainda não tratou do assunto com a diretoria
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(UOL/FOLHAPRESS) - As pesada críticas de torcedores, principalmente de integrantes da maior organizada do Atlético-MG, colocam em xeque a permanência de Jorge Sampaoli no comando técnico do clube.
Uma fonte próxima ao treinador disse à reportagem que o argentino ainda analisará sobre sua continuidade no clube para a temporada de 2021.
Sampaoli se irritou com a manifestação contrária a ele realizada na porta da Cidade do Galo, centro de treinamento atleticano, horas antes da partida contra o Santos na terça-feira (26). "Se antes ele estava certo de ficar, agora não mais", comentou a fonte à reportagem.
Torcedores organizados já se manifestaram três vezes nesta semana contra a irregularidade do time –uma na porta da sede atleticana, no bairro de Lourdes, região nobre de Belo Horizonte, outra no Mineirão, com faixas críticas, e em uma terceira ocasião, na porta do CT.
Essas manifestações é que desagradaram o treinador, que passa a colocar em dúvida sua permanência na capital mineira, indicando que pode até escutar outras possibilidades, propostas de outras equipes.
A informação da insatisfação de Sampaoli com os protestos foi antecipada pelo Superesportes.
O Atlético-MG venceu o Santos por 2 a 0, após a onda de protestos, e Sampaoli sequer tratou do tema na entrevista coletiva pós-jogo, que durou menos de cinco minutos. Não houve também questionamentos ao treinador sobre o assunto, já que as conversas com os jornalistas acontecem de forma virtual e não presencial por causa da pandemia.
A intenção da nova diretoria do Atlético-MG, agora comandada por Sérgio Coelho, atual presidente, é renovar com Sampaoli até o fim de 2022. Conversas para isso já haviam sido iniciadas. Entretanto, dependendo da cabeça do treinador, pode haver uma reviravolta.
Apesar de supor uma eventual saída, Sampaoli sabe que há uma multa rescisória a ser paga. O valor dessa rescisão girava em torno de US$ 2,5 milhões a US$ 3 mi no ano passado. Desde o começo do ano esse valor caiu para algo em torno de R$ 8 milhões.
A reportagem apurou que o Atlético-MG aguarda um posicionamento oficial do treinador, que ainda não tratou do assunto com a diretoria.