Paraguaio Alejandro Domínguez é eleito novo presidente da Conmebol
Ele era candidato único à sucessão do também paraguaio Juan Angelo Napout, que foi detido na Suíça e encontra-se em liberdade condicional nos EUA
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O Paraguai continua à frente do futebol sul-americano. Alejandro Domínguez foi oficialmente confirmado como novo presidente da Conmebol, aclamado pelos representantes das 10 federações nacionais de futebol da América do Sul. Ele era candidato único à sucessão do também paraguaio Juan Angelo Napout, que foi detido em dezembro na Suíça e encontra-se em liberdade condicional nos Estados Unidos.
Além de Domínguez, a assembleia da Conmebol também elegeu o colombiano Ramón Jesurun como primeiro vice-presidente e Laureano González, da Venezuela, como segundo vice-presidente. São eles os dois primeiros da linha sucessão do novo presidente, que tentará ser o primeiro em décadas a não terminar na cadeia.
Estão em maus lençóis os últimos três mandatários da Conmebol: o paraguaio Nicolás Leóz, em prisão domiciliar em Assunção, o uruguaio Eugenio Figueredo, detido em Montevidéu, e Napout, que aceitou a extradição para os Estados Unidos. Os três são acusados pela Justiça norte-americana, entre outros crimes, de corrupção.
Domínguez chega à presidência após uma eleição sem adversários, já que o único outro candidato, o uruguaio Wilmar Valdez, desistiu do pleito. O paraguaio é aliado de Napout e contou com o respaldo de Argentina e Brasil para se candidatar sem opositores.
Filho de Osvaldo Domínguez Dibb, ex-presidente do Olímpia, Domínguez dirigia o jornal "La Nación", de propriedade da família. Eleito nesta terça-feira, terá mandato até 2019. Entre as atribuições, além de tentar tirar a Conmebol da lama, terá que lidar com a insatisfação dos clubes com relação aos repasses pelos direitos de transmissão da Libertadores.
O Congresso Extraordinário da Conmebol também definiu que Domínguez ocupará a cadeira da entidade na vice-presidência da Fifa, enquanto Luis Segura, da Argentina, será indicado para o Comitê Executivo da Fifa. Isso significa que o Brasil passa a ficar sem nenhum cargo no futebol internacional. Com informações do Estadão Conteúdo.