Erika conta reação da seleção com aumento de vagas: 'Alegria intensa'
Para o time feminino do Brasil, a decisão excepcional da Fifa significou que as quatro jogadoras inicialmente escaladas como suplentes também estarão à disposição da técnica sueca Pia Sundhage
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Esporte Seleção feminina
As seleções femininas e masculinas que disputarão o torneio de futebol dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 poderão levar 22 atletas para a disputa da competição. Para o time feminino do Brasil, a decisão excepcional da Fifa significou que as quatro jogadoras inicialmente escaladas como suplentes também estarão à disposição da técnica sueca Pia Sundhage. A notícia foi recebida com celebração pela delegação, conforme revelou a zagueira Erika.
A defensora narrou como as jogadoras souberam da novidade. A porta-voz foi a lateral-esquerda Tamires, que dividiu as boas novas com as demais atletas. Assim que a notícia foi confirmada, o elenco celebrou junto às quatro atletas que até então estavam na posição de suplentes: a goleira Aline Reis, a lateral Leticia Santos e as atacantes Andressa Alves e Giovana Queiroz.
"Foi engraçado a forma com que recebemos essa notícia. Estávamos saindo do treino e a Tamires estava no vestiário e abriu as redes sociais e viu essa notícia. Na hora a gente já ficou naquela euforia de: `Nossa, que legal. Já fomos abraçar as meninas que estavam presentes com a gente, foi muito bacana. A gente sabe que independentemente de qualquer coisa, elas estão aqui com a gente, estão integradas ao grupo. Mas com certeza essa notícia nos proporcionou uma alegria mais intensa da nossa parte e de todas as meninas, foi fundamental para que essa energia fosse maior", detalhou Erika.
Concentrada em Portland, nos Estados Unidos, até o próximo dia 15, a seleção feminina segue a sua programação de treinamentos para o ajuste dos últimos detalhes para a disputa dos Jogos de Tóquio-2020. Peça-chave do setor defensivo, que vem desempenhando um importante papel em números e performances nos últimos desafios, Erika explicou que o segredo do sucesso da zaga brasileira é o esforço coletivo de todas as jogadoras.
"A Pia bate muito nessa tecla de que a nossa defesa começa no ataque, se elas (atacantes) fizerem uma pressão, um bom papel, essa bola não vai chegar com tanta qualidade lá atrás, evitando que a gente seja surpreendida. Então, começa do ataque, meias, laterais, zaga, e ainda tem a goleira. É um todo, todas se ajudam o tempo inteiro", declarou a defensora brasileira.
Em fase final de preparação rumo a Tóquio, Erika exaltou o ciclo de Pia Sundhage à frente da seleção. De acordo com a zagueira, a vivência da comandante sueca no esporte será fundamental para que a equipe galgue o lugar mais alto do pódio.
"Hoje a gente tem uma possibilidade gigantesca de ter uma mulher no comando. Uma mulher que jogou futebol, ela entende do assunto, ela vivenciou, vive e respira futebol o todo momento. Isso é muito importante. Sempre falo nos detalhes porque é isso que a Pia sempre traz pra gente. Ela quer que sempre estejamos no mesmo foco, na mesma página. Temos que saber escutar ao máximo o que ela tem a dizer, porque é uma pessoa que tem muito a nos oferecer. Então, quero sugar ao máximo isso da Pia e de toda a comissão técnica. Estamos no caminho certo e podem ter certeza que vamos brigar por essa medalha", finalizou.