Adriano terá garçons e caminhoneiros como companheiros de equipe
"Ele está muito acima do nível de futebol que ele vai encontrar aqui. É um contraste muito grande com a realidade que o Adriano viveu", afirma Sérgio Manoel, ex-treinador do clube
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Esporte Miami
Acostumado com grandes estádios e clubes milionários, Adriano, o imperador, terá que se contentar com dias bem mais modestos.
Anunciado como reforço do Miami United na última sexta-feira, o Imperador encontrará na equipe da Flórida uma realidade totalmente diferente da que viveu durante toda a carreira. O clube mantém uma estrutura semiprofissional, onde usa o estádio de um parque público para mandar seus jogos e mantinha elenco formado por amadores que precisavam trabalhar fora do esporte durante o dia.
Segundo informações do Globoesporte, o clube foi fundado em 2012 para participar da National Premier Soccer League (NPSL), uma liga que reúne diversas conferências regionais e ocupa o posto equivalente à quarta divisão no futebol do país.
De acordo com a publicação, Sérgio Manoel, ex-treinador do Miami United e ex-jogador do Botafogo, afirma que a realidade no qual Imperador está acostumado é bem diferente da realidade do clube.
"Ele está muito acima do nível de futebol que ele vai encontrar aqui. É um contraste muito grande com a realidade que o Adriano viveu. Espero que ele tenha essa força interior muito grande para que possa encarar a realidade do futebol daqui e que possa, com o nome que tem, atrair também os investidores", afirma o antigo meia do Botafogo.
Para se ter uma ideia, em 2015, a média salarial era de US$ 500 (R$ 2 mil), valor visto mais como uma "ajuda de custo". Os jogadores do clube são jovens de 18 anos ou veteranos com mais de 30, com profissões que variam de garçons a caminhoneiros.