São Paulo bate Cesar Vallejo e passa à fase de grupos da Libertadores
O São Paulo dominou o jogo inteiro e por não finalizar com qualidade, transformou uma partida dominada em uma confronto tenso
© Reprodução/Site Oficial do São Paulo
Esporte Pacaembu
O São Paulo precisou chegar ao limite do desespero para conseguir confirmar a vaga na fase de grupos da Copa Libertadores. O gol salvador do talismã Rogério, aos 42 minutos do segundo tempo, confirmou nesta quarta-feira a vitória por 1 a 0 sobre o Universidad Cesar Vallejo, do Peru, no estádio do Pacaembu, na capital paulista, pela primeira fase da competição.
Rogério teve o nome pedido pela torcida durante todo o segundo tempo. Dois minutos após entrar, aproveitou sobra de escanteio para tirar o time de um sufoco. O São Paulo dominou o jogo inteiro e por não finalizar com qualidade, transformou uma partida dominada em uma confronto tenso. A equipe perdeu pênalti, gastou tempo em jogadas sem ofensividade e deu espaço para o azar do vexame aparecer. Sorte do clube que a salvação veio.
A classificação sofrida faz o São Paulo chegar sob desconfiança na fase de grupos. Os rivais serão o atual campeão River Plate, da Argentina, o Trujillanos, da Venezuela, e o The Strongest, da Bolívia, adversário já na próxima semana, novamente no Pacaembu.
A torcida compareceu, esgotou os ingressos e já tem um novo xodó em 2016. O atacante argentino Calleri foi o mais aplaudido na apresentação do time titular e ganhou até música dos são-paulinos. A entrada dele como titular foi de última hora. Alan Kardec acordou com amidalite aguda e sem condições de atuar.
O grande favoritismo do São Paulo ruía à cada ataque barrado pela retranca peruana. O Cesar Vallejo não hesitou em se fechar na defesa mesmo que o empate sem gols o eliminasse. Com faltas e muita enrolação a cada bola parada, os visitantes fizeram a partida ficar truncada e ser um teste de paciência ao afoito time paulista.
Paulo Henrique Ganso, enfiado entre os atacantes, sumiu em meio aos adversários de camisa cor de laranja e não conseguia organizar o time. A bola quase sempre chegava ao ataque pelos pés de Centurión. Empenhado e um pouco desajeitado, o argentino era o retrato do estilo da equipe no primeiro tempo.
O São Paulo levou mais de 20 minutos para dar um chute a gol. O time estava ansioso, rodava a bola de um lado para outro e não arriscou chutes de longe. Quando conseguia uma fresta de espaço para chegar à área, algum erro individual atrapalhava a finalização.
A primeira etapa encerrada com um 0 a 0 gerou nos são-paulinos a mesma sensação do jogo de ida, o empate em 1 a 1 no Peru. O time era melhor, mais técnico com mais de posse de bola e superior em quase todo critério comparativo possível. Porém, incapaz de traduzir isso em calma e gols para confirmar esse poderio.
O empate se transformou em drama no segundo tempo. Como não matava o jogo, o São Paulo alimentava a própria angústia e a expectativa do Cesar Vallejo de concretizar a zebra em algum lance fortuito.
O fantasma ganhou força no pênalti perdido. O árbitro marcou falta discutível de Riojas em Paulo Henrique Ganso no começo da segunda etapa e Michel Bastos se apresentou para cobrar. O novo capitão do time deslocou o goleiro, mas acertou a trave.
A oportunidade perdida logo aos 6 minutos aumentou demais o nervosismo. A equipe passou a querer compensar a qualquer custo o erro e ficava agoniada ao ver que o Cesar Vallejo não mudava a postura. Acuado, o time peruano permanecia na retranca.
O roteiro de tortura para os são-paulinos incluiu nos 15 minutos finais duas bolas na trave em ataques seguidos. Calleri de carrinho e Hudson, em chute de fora da área, fizeram o Pacaembu ficar mais ansioso. Com a torcida já de pé nos minutos finais a salvação veio com Rogério, que colocou o clube na próxima fase.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 1 x 0 UNIVERSIDAD CESAR VALLEJO
SÃO PAULO - Denis; Bruno, Lucão, Rodrigo Caio e Mena (Carlinhos); Thiago Mendes e Hudson; Michel Bastos, Paulo Henrique Ganso (Rogério) e Centurión (Wesley); Calleri. Técnico: Edgardo Bauza.
UNIVERSIDAD CESAR VALLEJO - Libman; Riojas, Canova, Cardoza (Vidales) e Guizasola; Ciucci, Morales, Quinteros, Millan e Hohberg; Montes (Chavez). Técnico: Franco Navarro.
GOL - Rogério, aos 42 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Mena e Michel Bastos (São Paulo); Montes, Millan, Riojas e Guizasola (Universidad Cesar Vallejo).
ÁRBITRO - Christian Ferreira (Fifa/Uruguai).
RENDA - R$ 1.951.395,00.
PÚBLICO - 32.567 pagantes.
LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP).