Após polêmica com tenista, Maria Sharapova apoia decisão da WTA de sair da China
Em entrevista à emissora de TV americana NBC, a russa comentou sobre a decisão da WTA de suspender todos os torneios que estavam previstos para a China enquanto não houver maior transparência no caso de Shuai Peng
© Aly Song/Reuters
Esporte Maria Sharapova
Apesar de já ter encerrado a sua carreira profissional há mais de um ano, no início de 2020, Maria Sharapova diz que ainda está olho nas informações mais importantes no mundo do tênis. Em entrevista à emissora de TV americana NBC, a russa comentou sobre a decisão da WTA de suspender todos os torneios que estavam previstos para a China enquanto não houver maior transparência no caso de Shuai Peng.
Peng ficou incomunicável por aproximadamente duas semanas depois que denunciou um caso de assédio sexual contra Zhang Gaoli, ex-integrante do alto escalão do governo chinês, no dia 2 de novembro. Desde então, ela tem feito raras aparições públicas, a maioria delas divulgadas apenas pela imprensa estatal chinesa. Na última quarta-feira, a WTA anunciou que não irá realizar competições na China enquanto não houver transparência nas investigações do caso.
"Ela foi uma colega e uma adversária minha durante muitos anos. Obviamente eu espero que ela e sua família estejam bem e em segurança. Estou impressionada com a forma como a WTA se posicionou, é uma organização da qual eu fiz parte por muitos anos e Steve Simon (CEO da WTA) fez a coisa certa", disse Sharapova.
"As pessoas estão acima dos negócios, temos que considerar o aspecto humano e eu apoio completamente a decisão do circuito", acrescentou a ex-número 1 do mundo, que está com 34 anos. A vencedora de cinco títulos de Grand Slam atualmente foca em seus empreendimentos comerciais e investimentos no mercado financeiro.
"O primeiro capítulo da minha vida foi incrível e pude experimentar muitas coisas na minha juventude. Mas há algo sobre o próximo capítulo que também me deixa muito animada", afirmou a ex-jogadora profissional. "Quando recebi meu primeiro prêmio muito grande ao vencer Wimbledon aos 17 anos, o mundo dos investimentos parecia muito intimidador. Hoje tento obter o máximo de educação em reuniões para tentar avaliar os meus próprios contratos e não ter muitas pessoas externas fazendo isso por mim".