Militão falha, Getafe vence Real Madrid e derruba tabu de nove anos
O brasileiro bobeou na saída de bola e viu Enes Unal abrir o placar, depois o time merengue sofreu com os desfalques por Covid-19 e mesmo insistindo muito não conseguiu evitar a derrota
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Esporte FUTEBOL-ESPANHOL
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um erro do zagueiro Éder Militão resultou no único gol da vitória por 1 a 0 do Getafe sobre o Real Madrid na manhã deste domingo (2), no Coliseum Alfonso Pérez. O brasileiro bobeou na saída de bola e viu Enes Unal abrir o placar, depois o time merengue sofreu com os desfalques por Covid-19 e mesmo insistindo muito não conseguiu evitar a derrota.
O resultado derruba uma freguesia: o Getafe não vencia o Real há quase dez anos e não havia feito um gol sequer nos últimos seis confrontos. O último triunfo tinha sido em agosto de 2012, quando os merengues ainda tinham Ozil, Di María e Higuaín.
O Getafe sobe a 18 pontos e mantém sua reação na luta para se distanciar da zona de rebaixamento. Já o Real Madrid lidera a liga com 46, mas pode ver a diferença para o vice-líder Sevilla cair a dois pontos se o concorrente vencer os dois jogos que têm a menos.
O JOGO
O jogo já começou dando pinta de zebra. Militão ficou com uma sobra de bola na entrada da área aos oito minutos, mas foi desarmado na hora sair jogando e viu Enes Unal abrir o placar para o Getafe. Era tudo que o time da casa queria para recuar a marcação e apostar nos contra-ataques.
O Real Madrid passou a ter a bola, cresceu no jogo e só não empatou imediatamente porque deu azar: aos 14 o goleiro Soria foi buscar chute de Modric no cantinho; e no lance o croata parou no travessão após boa jogada entre Rodrygo e Benzema. O melhor momento do time no jogo ainda teve uma finalização de Toni Kroos para fora aos 18, mas o gol não saiu.
Ancelotti mexeu no intervalo, tirou Marcelo e Hazard do banco e apostou tudo no lado esquerdo. A ideia era ser mais ofensivo, mas o Getafe anulou o Real Madrid por mais meia hora, exceção feita a uma cobrança de falta perigosa de Alaba.
Aos 31 a pressão merengue voltou: Marcelo criou pela esquerda, a zaga rebateu, e Casemiro mandou uma bomba defendida por Soria. O lateral apareceu bastante, mas as chances claras de gol rarearam, sendo a última um cabeceio de Isco que o goleiro do Getafe defendeu em dois tempos.