Bernardinho encerra breve passagem pela França para ficar perto da família
O treinador brasileiro comandava a seleção francesa de vôlei desde agosto do ano passado
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Esporte Vólei
O técnico Bernardinho encerrou nesta terça-feira uma breve passagem pelo comando da seleção francesa de vôlei. O treinador brasileiro comandava o time europeu desde agosto do ano passado, mas alegou problemas pessoais para retornar ao Brasil. Ele pretende ficar mais perto da família.
"É uma das decisões mais difíceis e dolorosas de toda a minha carreira. Estou muito triste porque amo este time francês, o grupo, os jogadores, a equipe que construímos. Sou muito grato pela confiança que a federação depositou em mim ao longo do ano", disse Bernardinho, antes de agradecer o apoio da Federação Francesa de Vôlei.
O brasileiro de 62 anos assumiu o comando da seleção no ano passado com o objetivo de buscar o bicampeonato olímpico nos Jogos de Paris-2024, na casa dos seus comandados. "Tive uma recepção incrível de todo o vôlei francês e tenho muita dor e frustração por não chegar ao fim do projeto que começamos a colocar em prática. Mas eu tenho que fazer essa escolha, não há outras escolhas possíveis para minha família, que continua sendo uma prioridade."
O presidente da federação francesa, Eric Tanguy, lamentou a decisão. "Tivemos o melhor treinador para cumprir nossos objetivos até os Jogos de Paris-2024 e só posso lamentar essa situação. Mas obviamente compreendo as razões que levaram o Bernardinho a tomar esta difícil decisão e agradeço-lhe por se ter mantido disponível para preparar sua substituição."
Bernardinho foi contratado oficialmente em abril do ano passado, mas só assumiu a equipe depois da Olimpíada de Tóquio, na qual o time francês foi comandado por Laurent Tillie. Sua primeira missão no comando da equipe foi a disputa do Campeonato Europeu, em setembro. Mas o treinador não teve sucesso. Os franceses foram eliminados nas oitavas de final.
Fora da seleção francesa, o bicampeão olímpico e tricampeão mundial pelo Brasil vai seguir no comando do Sesc-Flamengo, que disputa os playoffs da Superliga Feminina de vôlei. O treinador também manterá seus projetos pessoais, como as palestras que costuma fazer pelo País.