Quarterback da NFL é obrigado estudar em novo contrato de R$ 1,2 bi
O novo contrato de Kyler Murray prevê que o atleta passe pelo menos quatro horas por semana se dedicando a um "estudo independente"
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Esporte NFL
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O quarterback Kyler Murray assinou sua renovação com o Arizona Cardinals, estendendo o vínculo por cinco anos no valor de R$ 1,24 bilhão -sendo R$ 857 milhões garantidos. No entanto, uma cláusula no contrato do jogador de 24 anos, um dos mais promissores da posição na NFL, chamou a atenção por um motivo curioso: a obrigatoriedade de 'lição de casa'.
Em uma das cláusulas do documento, fica determinado que o atleta passe, durante a temporada, pelo menos quatro horas por semana se dedicando a um "estudo independente" durante a temporada. Ou seja, para além das atividades com a equipe, Murray tem que estudar à parte um material providenciado pela comissão técnico de preparação para a partida seguinte.
Além disso, a franquia estabelece que o quarterback não receberá créditos se estiver realizando outras atividades durante o "estudo independente". Caso ele não esteja cumprindo com o termo, ele será considerado inadimplente.
O adendo do contrato foi revelado pelo jornalista Ian Rapoport, da 'NFL Network', e gerou críticas nas redes sociais. "Se você precisa colocar uma cláusula para garantir que seu franchise quarterback se prepare adequadamente, você provavelmente não deveria ter garantido a ele mais de R$ 800 milhões na negociação", cornetou Ross Tucker, ex-jogador da NFL.
Durante a última offseason -período entre o final de uma temporada e o início da próxima-, a maturidade e o nível de compromisso de Murray foram questionados enquanto ele conversava com os Cardinals pela renovação. No começo deste ano, ele chegou a arquivar fotos e tirar menções à franquia de seu Instagram.
Após o acerto, ele celebrou o novo contrato e valorizou suas conquistas. "A realidade é que eu sou um jogador de X com um estilo de jogo não tradicional. Sou o primeiro quarterback negro e asiático da NFL. Eu não parece nem jogo como ninguém que veio antes de mim e isso vem com ódio e negatividade", escreveu.
Na sequência, ele afastou as polêmicas e as críticas. "Quão imaturo eu seria para me inclinar à toxicidade quando estou repleto de amor e de suporte dos melhores fãs do mundo. Estou no caminho de provar que pessoas que acreditaram em mim estão certas e inspirar a próxima geração da cultura jovem", escreveu.
Vindo da universidade de Oklahoma, o jogador foi selecionado na primeira escolha geral do Draft de 2019 pela franquia de Arizona. Considerado um quarterback "dupla ameaça", que oferece perigo aos adversários tanto no jogo aéreo quanto no terrestre, ele vem liderando a reformulação dos Cardinals.
No ano passado, Murray levou a equipe ao seu primeiro Playoffs desde que ingressou na liga. No entanto, os Cardinals foram derrotados no Wild Card pelo rival Los Angeles Rams, que se sagrou campeão no Super Bowl LVI.