Andrés Sanchez diz que Corinthians é 'vítima' da Operação Lava Jato
"Não é verdade que houve propina na Arena Corinthians para mim ou quem quer que seja. O Corinthians é vítima", disse Andrés
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Esporte Propina
O deputado federal e ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, afirmou nesta terça-feira que o clube é "vítima" da Operação Lava Jato. O 1º vice-presidente do Corinthians, André Luiz de Oliveira, foi apontado como suspeito de ter recebido R$ 500 mil em propinas da Odebrecht durante as obras de construção do Itaquerão.
"Não é verdade que houve propina na Arena Corinthians para mim ou quem quer que seja. O Corinthians é vítima", disse Andrés em entrevista ao Estadão.com.
O estádio do Corinthians custou R$ 1,1 bilhão e recebeu partidas da Copa do Mundo de 2014, incluindo o jogo de abertura e uma das semifinais. Desde o ano passado, o clube tem pago parcelas mensais de R$ 5 milhões referentes ao financiamento feito com o BNDES durante as obras. Um fundo é responsável por gerir toda a arrecadação de bilheteria e comercialização de produtos do estádio e fazer esse pagamento.
O nome de André Negão apareceu na planilha de contabilidade secreta de propinas da Odebrecht, sob o codinome "Timão" ao lado da palavra "Alface". A planilha foi apreendida na casa da secretária dos altos executivos da empreiteira, Maria Lucia Tavares.
Na planilha, André Luiz de Oliveira está ligado a "uma anotação de um possível pagamento" no endereço rua Emilio Mallet, em São Paulo, "a ser liquidado na data de 23 de outubro de 2014, no valor de R$ 500 mil, com a anotação do telefone".
"Em consulta a banco de dados restrito, obtém-se a informação de que André Luiz de Oliveira reside no mesmo endereço da entrega, tratando-se muito provavelmente, portanto, do ANDRÉ mencionado na planilha", aponta relatório da Polícia Federal. "André Luiz de Oliveira é dirigente do Corinthians, o que justificaria, portanto, a utilização do codinome 'Timão'."
O documento da PF destaca ainda Antonio Roberto Gavioli, diretor de Contrato na Odebrecht Infraestrutura, vinculado à obra do estádio. "Segundo a planilha, ele era o contato para o pagamento ao codinome "TIMÃO", em evidente alusão à obra do estádio do Corinthians. Foi requisitado o pagamento de R$ 500 mil", sustenta a PF. Com informações do Estadão Conteúdo.