Inter e Milan fazem 'clássico histórico' por vaga na final da Liga dos Campeões
E nesta terça-feira, às 16 horas (horário de Brasília), no Estádio Giuseppe Meazza, em Milão, esses gigantes novamente medem forças para conhecer, enfim, o representante do futebol italiano na decisão do mais nobre torneio europeu
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Esporte Liga dos Campeões
Rivalidade, tradição e história. O clássico entre Inter e Milan normalmente tem uma dimensão que extrapola as fronteiras da Itália pela sua grandeza. E quando este duelo vale vaga para a final da Liga dos Campeões, os holofotes se potencializam ainda mais. E nesta terça-feira, às 16 horas (horário de Brasília), no Estádio Giuseppe Meazza, em Milão, esses gigantes novamente medem forças para conhecer, enfim, o representante do futebol italiano na decisão do mais nobre torneio europeu.
O primeiro capítulo de dois atos destas semifinais já foi contado na última quarta-feira. Com um contundente 2 a 0, a Inter se garante até com derrota por um gol. Já ao Milan, resta a superação. Se devolver um placar com a mesma diferença, a disputa vai para prorrogação. Vitória por três ou mais gols dá a vaga direta no tempo normal para a final da Liga.
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Com tantos elementos envolvendo um dos maiores clássicos do futebol italiano, cada comandante vem usando as armas a seu dispor para cumprir o objetivo final de tentar dar a volta olímpica no dia 10 de junho, em Istambul, na Turquia.
Disposto a não perder o foco, Simone Inzaghi trata o confronto como o "mais importante da história da Inter", mesmo após a exibição e a vitória sobre o seu oponente na semana passada. Manter eficiência e equilíbrio são os desafios do treinador para não ver a vaga escorrer pelos dedos.
"Será preciso ter a cabeça fria e o coração quente. É a única maneira de interpretar melhor a situação. Depende de nós. Sabemos do valor do nosso rival e estamos em um momento muito bom, preparados para esse jogo tão importante", afirmou o treinador, que usou as quartas de final deste mesmo torneio para mostrar que seus comandados conseguem manter o nível de competitividade mesmo após obter uma vantagem significativa.
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"Aconteceu nas quartas com o Benfica. Vencemos o primeiro jogo também por 2 a 0 na ida. Na partida de volta tivemos dificuldades, mas tivemos maturidade para conseguir a classificação à semifinal com o empate por 3 a 3", afirmou o treinador.
Diante do Milan, e da rivalidade que cerca o clássico de Milão, o treinador sabe que a dimensão ganha um tamanho muito maior. E fez questão de falar isso na coletiva ao tratar o duelo como "uma das partidas mais importantes da história da Inter".
Ciente da vantagem, Inzaghi diz que o grupo tem a situação sob controle. "Temos uma vantagem merecida, mas precisamos fazer outra boa partida porque vamos enfrentar um grande adversário. Estamos a 90 minutos de um sonho."
Mas se a Inter vem tratando o clássico como o jogo mais importante da história dos clubes, o Milan também vê o confronto como a chance de realizar uma "proeza no esporte". É dessa maneira que o técnico Stefano Pioli vem motivando seus atletas a buscar uma reviravolta que pode ganhar contornos heroicos após a derrota de 2 a 0 no jogo ida.
"No esporte existem proezas e nós acreditamos nelas. A Inter é um time forte, mas se jogarmos em alto nível e lutarmos, temos condições de buscar o objetivo. Vamos começar em desvantagem, mas temos qualidade para superar o resultado", afirmou o treinador do Milan em entrevista coletiva.
Apesar da necessidade de uma vitória por dois gols de vantagem no tempo normal para forçar uma prorrogação, Pioli descartou qualquer tipo de precipitação. "O jogo é longo e queremos iniciá-lo da melhor maneira possível, tentando vencer os duelos individuais e aproveitar os erros do adversário."
Desfalque na primeira partida da semifinal, o atacante Rafael Leão treinou normalmente com o grupo e tem grandes chances de entrar em campo nesta terça. A evolução do atleta deixou a comissão técnica otimista quanto a sua escalação.
"Ontem (domingo) ele fez quase todo o trabalho com o grupo e esperamos que possa voltar aos treinos. Se estiver bem, vai entrar jogando como titular", afirmou Pioli sobre o aproveitamento do atacante português.
EM 2005, CLÁSSICO 'NÃO TERMINOU'
O duelo de caráter decisivo que acontece nesta terça-feira, no Giuseppe Meazza, remete a um confronto que ficou na história da competição como a partida que não terminou. Em abril de 2005, com elencos estrelados, Milan e Inter figuravam entre os melhores times do mundo.
Comandado pelo técnico Carlo Ancelotti, o Milan tinha em suas fileiras nomes como Dida, Cafu, Kaká, Crespo e Schevchenko. Do outro lado, Roberto Mancini dava ordens a jogadores do nível de Zanetti, Verón, Materazzi e Adriano Imperador.
No jogo de ida das quartas de final, o Milan venceu o rival por 2 a 0, com gols de Stam e do ucraniano Schevchenko. Na partida de volta, no entanto, uma confusão generalizada, iniciada nas arquibancadas, não deixou a partida ir até o seu final.
O tumulto teve início após o juiz anular um gol da Inter, que perdia o clássico por 1 a 0. Sinalizadores foram jogados no gramado a partir dos 25 minutos do segundo tempo e o goleiro Dida acabou sendo atingido no ombro. Sem condições de dar continuidade ao duelo, o árbitro Markus Merk encerrou o confronto com o Milan passando de fase.