Cabeçada interrompe luta de Robson Conceição e duelo fica sem resultado: Muito frustrado'
Pelas regras, como o duelo ainda não havia chegado ao final do segundo assalto, o resultado é 'no contest' (sem decisão). Se houvesse atingido o quinto round, seriam consideradas as anotações dos jurados.
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Esporte Nova York
A luta entre o brasileiro Robson Conceição e o dominicano Nicolas Polanco, no Madison Square Garden Theater, em Nova York, não teve resultado. Ao final do segundo round, Polanco alegou não ter condições de continuar no combate por causa de uma cabeçada.
Pelas regras, como o duelo ainda não havia chegado ao final do segundo assalto, o resultado é 'no contest' (sem decisão). Se houvesse atingido o quinto round, seriam consideradas as anotações dos jurados.
O resultado foi muito contestado pelo pugilista brasileiro e por sua equipe, que entraram com um protesto junto à Comissão Atlética de Nova York. A análise deve demorar alguns dias. Segundo Robson, o adversário forjou a contusão.
"Estou muito frustrado, eu me preparei muito para esta luta. Eu estava muito bem na luta e tinha encaixado os melhores golpes. Com o tempo ele seria nocauteado. Houve um acidente", disse Robson, triste com o resultado, ao canal Combate. "O toque de cabeça houve, mas não precisava desse circo todo que ele fez, mancha o esporte. Se fosse tão forte o choque, teria aberto o supercílio dele completamente."
O técnico Luís Dórea também não economizou críticas a Polanco. "Lamentável. É uma falta de respeito com o evento, com o boxe. O queixo dele bateu perto do ombro do Robson, mas o choque não foi para tanto", protestou. "Todo um trabalho feito... Robson vinha crescendo round a round, o dominicano começou forte e ia diminuindo o ritmo. No segundo round sentiu os golpes de Robson na cabeça e no corpo e aproveitou para parar a luta."
Robson Conceição foi melhor nos dois rounds disputados. Apesar de errar vários ganchos de esquerda, o brasileiro havia conectado boas sequências, principalmente jabs na linha de cintura, que castigaram o rival. O brasileiro espera que a empresa Top Rank marque uma nova luta em breve, pois sonha ter a oportunidade de voltar a disputar o título mundial dos superpenas.
Aos 34 anos, o campeão olímpico no Rio em 2016 tem um cartel de 17 vitórias (oito nocautes), dois empates e uma luta sem resultado. Ele perdeu para o mexicano Oscar Valdez e para o americano Shakur Stevenson, ambas por pontos, em duelos válidos por cinturões mundiais.