Daniel Alves muda versão para julgamento e dirá que estava bêbado em balada
O brasileiro alegará que não estava consciente de seus atos enquanto esteve na discoteca
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Esporte Justiça
SÃO PAULO, SP E BARCELONA, ESPANHA (UOL/FOLHAPRESS) - Daniel Alves vai dar uma nova versão do que aconteceu em 30 de dezembro de 2022. A estratégia da defesa do jogador para o julgamento, marcado para fevereiro, será dizer que Alves estava bêbado e não se lembra do que aconteceu na boate Sutton.
Fontes ligadas ao caso confirmaram ao UOL que o brasileiro alegará que não estava consciente de seus atos enquanto esteve na discoteca.
Daniel Alves é acusado de ter violentado sexualmente uma mulher na área VIP da discoteca em Barcelona.
O diário catalão ARA publicou nesta quarta-feira (17) que a defesa vai ter ajuda da ex-mulher do jogador, Joana Sanz. A modelo dirá, ainda segundo o jornal, que Daniel Alves chegou em casa alterado naquela noite.
A reportagem do UOL confirmou as informações sobre a nova versão, que será a quinta de Daniel Alves desde o início do caso.
O brasileiro já afirmou que não conhecia a mulher, depois disse que entrou no banheiro com ela, mas nada aconteceu; posteriormente, afirmou à Justiça que houve apenas sexo oral e, por fim, que houve sexo com penetração, mas com consentimento.
Daniel Alves está preso provisoriamente desde janeiro de 2023, na penitenciária de Brians 2. A defesa do jogador tentou em três recursos diferentes conseguir a liberdade até o julgamento, mas a Justiça negou todos eles.
JULGAMENTO PREVISTO PARA FEVEREIRO
O julgamento de Daniel Alves acontecerá entre 5 e 7 de fevereiro, em Barcelona. Segundo apurou o UOL, a acusação apresentará um pedido de 12 anos de prisão para o brasileiro, a pena máxima prevista na lei espanhola.
A defesa de Alves, por sua parte, tentou durante os últimos meses um pacto com acusação, a fim de reduzir o período de condenação. No entanto, depois de uma série de tratativas, não houve acordo.
Em caso de condenação, a defesa do jogador deve lançar mão de um dispositivo da lei espanhola, o "atenuante de reparação de dano causado", que pode reduzir até 25% da pena. No caso do brasileiro, esse atenuante foi alcançado com o pagamento de 150 mil euros (R$ 800 mil) a título de indenização para a Justiça espanhola.
O UOL revelou com exclusividade que Daniel Alves contou com a ajuda de Neymar e família para pagar a indenização à Justiça espanhola, pois tem seus bens atualmente bloqueados devido a processos no Brasil.