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Darlan brilha e seleção brasileira masculina se vinga da Argentina na Liga das Nações de Vôlei

Nesta sexta-feira (24), sem tempo para descansar, o Brasil tem novo desafio gigante, desta vez contra a Sérvia

Darlan brilha e seleção brasileira masculina se vinga da Argentina na Liga das Nações de Vôlei
Notícias ao Minuto Brasil

06:12 - 24/05/24 por Estadao Conteudo

Esporte Vólei

Sob a batuta do jovem e talentoso Darlan, a seleção brasileira de vôlei se redimiu da apresentação pífia diante de Cuba com uma grande vitória em batalha de cinco sets nesta quinta-feira, se vingando da arquirrival Argentina. O campeão da Superliga com o Sesi-Bauru, de somente 21 anos, anotou 20 pontos e comandou o triunfo por 3 sets a 2, parciais de 25/13, 20/25, 19/25, 25/22 e 15/11 pela segunda rodada da Liga das Nações, no Maracanãzinho, no Rio. Lucarelli cresceu a partir do terceiro set e contribuiu com outros 16 pontos.

Com a torcida especial das ginastas Rebeca Andrade, Jade Barbosa e Flávia Saraiva e um público extremamente atuante, o Brasil melhorou bastante em fundamentos que não funcionaram diante dos cubanos, casos do bloqueio, ataques pelo meio de rede e o saque. Mostrando concentração para superar momento delicado na partida e, com jogo forte que era esperado já na estreia, fechou no tie-break.

Nesta sexta-feira, sem tempo para descansar, o Brasil tem novo desafio gigante, desta vez contra a Sérvia, jogo no qual buscará seu segundo triunfo neste retorno do técnico Bernardinho. O encerramento da primeira fase da Liga das Nações ocorre no domingo de manhã, diante da Itália.

Depois de ganhar a disputa do bronze nos Jogos de Tóquio, em 2021, os argentinos voltaram a aprontar diante do Brasil com 3 a 0 na final do Campeonato Sul-Americano, em Recife, no ano passado. Ganhar o clássico no Maracanãzinho não era apenas questão de honra, mas importante para se vingar e complicar a busca dos arquirrivais por vaga em Paris-2024 - iniciaram a partida em sétimo no ranking. E espantar o rótulo de "freguês."

A derrota na estreia diante de Cuba fez o técnico Bernardinho mexer na equipe. O meio de rede Lucão, poupado, deu lugar para Isac no time titular. Já o ponteiro Adriano foi observado desde o início na vaga de Leal, maior pontuador do jogo de terça-feira, em troca ousada de Bernardinho.

A seleção entrou em quadra com festa antes do primeiro ponto, na emocionante capela durante o hino nacional. Com arquibancadas mais uma vez lotadas, a esperança de uma apresentação melhor. Apoio não faltava. Tampouco confiança. Mas era necessário sacar melhor - foram 19 erros diante de Cuba - e ajustar o bloqueio, inoperante na estreia.

A primeira boa vantagem na parcial que começou equilibrada veio com o primeiro bloqueio brasileiro na partida e depois em contragolpe para a seleção abrir 7 a 4. Os argentinos não acertavam nada e Darlan obrigou o técnico Marcelo Mendez - ganhou tudo dirigindo o Cruzeiro - a pedir o primeiro tempo com 10 a 5. Darlan virava todas as bolas.

Diferentemente do jogo contra Cuba, até os erros brasileiros davam certo e o time fazia o ponto. A seleção estava mais "ligada" e precisa. O bloqueio colaborava e não vinham desperdícios de ataques ou contragolpes. Com nova pancada de Darlan, seu sexto ponto no set, o Brasil subiu a vantagem para 15 a 7.

Sem sustos e em grande apresentação, o Brasil abriu 1 a 0 com Adriano fechando a parcial com imponentes 25 a 13. Darlan, autor de somente 10 pontos contra os cubanos, foi o destaque do set com nove ataques bem executados.

Depois de largar bem no segundo set, com 5 a 3, o Brasil cometeu três erros seguidos e viu os argentinos abrirem vantagem. Lucarelli não deixou os hermanos se empolgarem. Darlan recolocou o time em vantagem com 11 a 10 após grande defesa de Lucarelli.

Em momento de falta de estabilidade brasileira, a Argentina conseguiu abrir 17 a 14 e obrigou Bernardinho à primeira pausa. O treinador optou por passar calma aos jogadores, dizendo que os erros já eram passado e mostrou confiança em reação na parcial. Teve de pedir nova pausa com 22 a 18 contra, pedindo para o Brasil rodar. O empate em sets veio após erro de Adriano e 25 a 20.

O terceiro set começou com princípio de confusão, após comemoração exagerada de Danani e cobrança de Bruninho, que ultrapassou a quadra para reclamar da postura do líbero argentino. O levantador foi punido com cartão amarelo. Bernardinho pedia calma aos brasileiros, mas os hermanos abriram logo 3 a 1. O jogo ficou tenso.

Depois de ceder o empate por 6 a 6, a Argentina voltou a dominar o placar. Bruno Lima, Vincentín e Palonsky começaram a superar o bloqueio verde e amarelo com facilidade. O Brasil perdeu a concentração com a provocação e os erros apareceram em série: 11 a 6. A vantagem aumentou para sete pontos com 21 a 14. Sem vibração, veio a virada com 25 a 19.

Necessitando reagir no quarto set, o Brasil desperdiçou contra-ataque importante com Darlan para abrir vantagem de dois pontos no começo da parcial. Ao menos, caminhava ponto a ponto com os oponentes. Até Isac, pelo meio, enfim, colocar o Brasil com dois pontos a mais no placar: 14 a 12.

A torcida novamente inflamou e Lucarelli começou a acertar seus ataques. E também o saque. Com ace do camisa 7, o Brasil abriu importante 18 a 15. Depois, no bloqueio de Flávio e ataque de Adriano, ampliou para 22 a 18. O time abriu 24 a 21, mas desperdiçou as duas primeiras chances de fechar. Lucarelli igualou a partida e aliviou a tensão. Primeira partida da Liga das Nações a ser decidida no tie-break.

O set mais curto começou com ace de Lucarelli e com Darlan somando seu 18º ponto em contragolpe. Abrir dois pontos de início era fundamental para desestabilizar os argentinos. Mas o toque na rede de Darlan deixou tudo igual: 3 a 3. O garoto se redimiu ao fazer 5 a 3 e vibrar muito.

A virada de quadra veio com 8 a 6 após bola pelo meio de Isac. Em ataque de Lucarelli, o Brasil subiu para 10 a 7. "Oh, Brasil olê, Brasil olê", já comemorava a torcida no pedido de tempo argentino. O ponteiro, em saque forte, deixou o time com 11 a 7. Após bola para fora de Vicentin, 14 a 10 e desespero dos adversários. Só um milagre salvava a Argentina. Ele não veio, com Flávio definindo.

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